No coração do Pantanal, uma tragédia chocou a comunidade local: o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, foi brutalmente atacado por uma onça-pintada na madrugada de 21 de abril de 2025.
O incidente ocorreu no pesqueiro Touro Morto, às margens do Rio Miranda, em Aquidauana (MS), onde Jorge trabalhava há duas décadas.
Na manhã seguinte, familiares e a Polícia Militar Ambiental iniciaram as buscas.O cunhado de Jorge, conhecido como Magrão, liderou a equipe que encontrou os restos mortais do caseiro em uma toca na mata, a cerca de 300 metros do local do ataque.
Durante o resgate, a onça retornou e avançou sobre um dos homens, mas fugiu após tiros de advertência.
A perícia identificou partes do corpo de Jorge, incluindo as pernas ainda calçadas com botas, e ossos que serão analisados para confirmação por DNA. A área é conhecida pela presença frequente de onças, e Jorge já havia relatado encontros anteriores com os felinos.
Trilha de pegadas de onça na mata do Pantanal, com marcas de sangue visíveis.
O Último Encontro: Jorge e a Onça-Pintada
Dias antes do ataque, Jorge apareceu em um vídeo alertando sobre a presença de onças nas proximidades. Na gravação, ele comenta sobre os animais, demonstrando familiaridade, mas sem imaginar o perigo iminente.
Na manhã do ataque, acredita-se que Jorge tenha sido surpreendido pela onça enquanto fazia café no deck de sua residência.Vestígios de sangue, vísceras e pegadas foram encontrados no local, indicando que o animal arrastou o corpo mata adentro.
A Polícia Militar Ambiental utilizou helicópteros e drones para localizar a toca onde os restos mortais foram encontrados.O caso será investigado como morte por causa indeterminada, com exames periciais em andamento.
Onça-pintada
Convivência Perigosa: Humanos e Onças no Pantanal
A região do Pantanal é habitat natural das onças-pintadas, e encontros com humanos são comuns, embora ataques sejam raros.Especialistas alertam para a necessidade de precauções, especialmente em áreas de difícil acesso e com presença frequente dos felinos.
A tragédia reacende o debate sobre a convivência entre humanos e grandes predadores.Autoridades locais reforçam a importância de medidas de segurança e monitoramento para evitar novos incidentes.
O corpo de Jorge será velado em Anastácio, e a comunidade lamenta a perda de um homem conhecido por sua dedicação e amor pela natureza.O caso serve como alerta para os riscos existentes na convivência com a vida selvagem.
Onça-pintada em seu habitat natural no Pantanal, observando ao longe uma área habitada por humanos.