Nasceu em Portugal e se tornou uma força da economia brasileira. Maria Conceição Tavares rompeu barreiras, estudou matemática em Lisboa e imigrou para o Brasil em 1954 para desafiar ditaduras e estudar economia.
Enfrentou a ditadura militar de 1964, foi presa em 1974 pelo DOI‑Codi e seguiu incansável: trabalhou no BNDES, CEPAL e se formou em economia pela UFRJ.
Tornou‑se professora na Unicamp e na UFRJ, inspirando gerações com sua inteligência feroz, pensamento crítico e postura destemida.

A política como palco da convicção
Entre 1995 e 1999, foi deputada federal pelo PT, vice‑líder e voz firme nas comissões de Finanças e Relações Exteriores.
Tavares foi militante do PMDB e, depois, do PT, usando seu mandato para criticar políticas liberais, o Plano Real e o Teto de Gastos.
Sua franqueza e coragem política a tornaram referência entre a esquerda, ganhando o respeito de líderes como Lula, Odair Cunha e Gleisi Hoffmann.

Legado imortal de luta e esperança
Mesmo aos 94 anos, em 8 de junho de 2024, Maria dizia: “Eu não desisto deste país”, espalhando inspiração em entrevistas e redes sociais.
Autora de obras marcantes como Acumulação de capital e industrialização no Brasil, ela deixou um legado intelectual vital para o pensamento crítico e desenvolvimentista.
Nas redes, Lula lamentou: “foi uma economista que nunca esqueceu a política e a defesa de um desenvolvimento econômico com justiça social” — reforçando seu lugar permanente na história.