A morte de Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, no Autódromo de Interlagos, segue cercada de mistérios que intrigam tanto a polícia quanto a sociedade. O caso, que começou como um simples desaparecimento, rapidamente ganhou contornos mais sombrios.
Adalberto desapareceu no dia 30 de maio, durante um evento de motociclismo. Quatro dias depois, um funcionário encontrou seu corpo dentro de uma vala em obras no autódromo, inicialmente confundindo-o com um boneco.
A possível tentativa de ocultação do corpo
A polícia suspeita que o corpo foi colocado ali com a intenção de ser coberto por concreto, o que dificultaria sua descoberta. Esse detalhe reforça a hipótese de um crime premeditado e não um ato impulsivo.

Uma das linhas de investigação aponta para um desentendimento com a equipe de segurança do evento. Adalberto teria invadido uma área restrita, desrespeitando as normas e sendo interceptado pelos seguranças.
Pelo menos oito membros da equipe de segurança já prestaram depoimento, enquanto um funcionário relatou ter ouvido: “o segurança matou ele”, levantando suspeitas sobre o uso de um golpe tipo mata-leão.
Contradições nas versões apresentadas
Rafael Albertino Aliste, amigo que o acompanhava, afirmou que ambos consumiram cerveja e maconha. No entanto, o laudo toxicológico do IML não encontrou álcool ou entorpecentes no organismo de Adalberto, contradizendo o relato.
O exame necroscópico apontou asfixia como causa da morte, e marcas no pescoço indicam que ele pode ter sido estrangulado antes de ser abandonado.

Polícia busca peças finais do quebra-cabeça
A polícia ainda não revelou o principal suspeito, mas continua analisando laudos e depoimentos para esclarecer a motivação exata e a identidade dos envolvidos.
Enquanto isso, a dor da família e dos amigos permanece, à espera de justiça e de respostas sobre o que realmente aconteceu naquela tarde no autódromo.