Depois de dias de angústia, o corpo da brasileira Juliana Marins foi finalmente resgatado da cratera do vulcão onde caiu durante uma trilha na Indonésia. A jovem, de apenas 26 anos, havia desaparecido após escorregar da borda do Monte Rinjani, deixando familiares e amigos em desespero.
O resgate foi considerado um dos mais difíceis já enfrentados pelas autoridades locais. O terreno íngreme e a instabilidade da área dificultaram o acesso, e os primeiros socorristas que chegaram ao local relataram um cenário comovente.
Juliana estava encolhida, como se tivesse tentado se proteger até o último segundo. A posição do corpo e os sinais de exaustão revelavam que ela ainda lutou por sua vida, mesmo sem forças para seguir.

Um silêncio que partiu corações
De acordo com os relatos, ela teria ficado consciente por um tempo após a queda. Teria pedido água e comida, numa tentativa de resistir até a chegada da ajuda. Infelizmente, o socorro demorou mais do que o necessário.
A demora gerou revolta. Amigos próximos revelaram que Juliana enviou sinais de localização, mas a resposta oficial só veio horas depois. O pai da jovem chegou a viajar até a Indonésia, mas não conseguiu vê-la com vida.
A comoção tomou conta da região. No momento em que o corpo foi retirado, moradores locais e turistas que acompanharam o resgate aplaudiram em respeito, enquanto lágrimas escorriam nos rostos de quem nem mesmo a conhecia.

A dor que atravessou oceanos
O governo brasileiro informou que não iria custear o translado do corpo. Foi então que o ex-jogador Alexandre Pato se ofereceu para arcar com os custos, após ver a mobilização nas redes sociais.
Enquanto o caixão chegava ao aeroporto, muitos se reuniram em vigília. Cartazes, flores e mensagens reforçavam o quanto Juliana era amada. Ela foi enterrada sob aplausos, num gesto simbólico de despedida e luta.
Juliana se foi, mas deixou uma marca de força, coragem e esperança. Seu nome agora ecoa como símbolo de fé diante do impossível.