Direto Dos EUA, Chega Triste Notícia Na Vida De Eduardo Bolsonaro “Ele Será… Ver Mais
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está prestes a enfrentar um novo impasse político. A licença de 120 dias que ele havia solicitado à Câmara dos Deputados chega ao fim neste domingo (20). Caso não apresente uma justificativa formal, o parlamentar começará a ter faltas contabilizadas oficialmente.
Eduardo está nos Estados Unidos desde fevereiro. Em março, anunciou publicamente sua licença do mandato. O comunicado foi feito uma semana antes de o Supremo Tribunal Federal tornar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado. Na ocasião, Eduardo aproveitou para criticar o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação.
Desde então, o deputado segue fora do país e não há sinal claro de retorno imediato. Mesmo tendo aberto mão do salário parlamentar, sua permanência prolongada nos EUA passou a gerar repercussões dentro e fora da Câmara. Isso porque a Constituição prevê a perda de mandato por ausências não justificadas a um terço das sessões ordinárias.
Estratégias para evitar a perda do mandato
Com o fim da licença se aproximando, Eduardo Bolsonaro tem buscado alternativas para manter seu mandato. Entre elas, estaria a articulação de mudanças no regimento da Câmara para viabilizar sua permanência nos Estados Unidos sem ser penalizado por faltas. Outra hipótese cogitada seria a renovação anual da licença por mais 120 dias.
Essas movimentações ocorrem em meio à pressão de aliados e à observação da oposição. A eventual perda do mandato de um dos filhos do ex-presidente teria impacto político significativo. Por isso, mesmo à distância, Eduardo segue atuando nos bastidores para garantir sua permanência na Câmara.
Apesar da distância física, ele continua ativo nas redes sociais, onde critica ministros do Supremo e o andamento de processos envolvendo Jair Bolsonaro. Para parte da base bolsonarista, sua postura tem caráter estratégico. Para opositores, porém, ele estaria fugindo do cenário político nacional e das consequências jurídicas.
Caso não consiga uma nova licença ou justificar sua ausência, Eduardo poderá ser alvo de um processo de cassação por faltas não justificadas. A Câmara tem regras rígidas nesse aspecto, e o caso pode abrir um precedente relevante para parlamentares em situações semelhantes.
Investigação e crise diplomática elevam tensão
Além do risco de perder o mandato, Eduardo é alvo de apuração pela Procuradoria-Geral da República. A investigação busca entender se ele cometeu crimes como coação no curso do processo, obstrução de justiça e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. A suspeita é de que ele tenha atuado contra autoridades brasileiras enquanto estava nos EUA.
As ações atribuídas a ele também estariam ligadas à tentativa de interferir em processos judiciais contra seu pai. Essa investigação ainda está em fase preliminar, mas aumenta a pressão sobre o deputado. A permanência nos Estados Unidos, inicialmente tratada como uma pausa temporária, ganhou contornos mais delicados.
A situação se agravou após o ex-presidente americano Donald Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O governo brasileiro acusou Jair Bolsonaro e Eduardo de contribuírem para o desgaste diplomático. Segundo Moraes, houve até tentativa de extorsão contra o Judiciário como moeda de barganha política.
Com o mandato em risco, a imagem desgastada e uma investigação em andamento, Eduardo Bolsonaro enfrenta o momento mais delicado desde que foi eleito. O que começou como uma licença temporária pode terminar com consequências definitivas para sua carreira política.