Em uma das entrevistas mais marcantes de sua carreira, Preta Gil falou abertamente sobre um tema pouco discutido à época: sua compulsão por compras.
A cantora, conhecida por sua autenticidade, revelou que usava o consumo como forma de anestesiar dores emocionais.
A declaração foi dada em 2003, durante sua emblemática entrevista à revista Trip, onde também falou sobre sexualidade e autoestima. Nessa conversa, Preta expôs um lado mais vulnerável, reconhecendo que viveu um período de descontrole financeiro e emocional.
Ela afirmou que não sabia quanto tinha no banco e gastava sem pensar, comprando comida, bolsas e sapatos. Essa fase, classificada por ela como “um período triste”, trouxe consequências duras em sua vida pessoal e familiar.
A compulsão como válvula de escape emocional
Preta Gil descreveu a compulsão como uma “doença bem barra-pesada”, assumindo que buscava preencher um vazio interno com o consumo.
O comportamento impulsivo, segundo ela, era uma tentativa de amenizar sofrimentos que não sabia como enfrentar.
A busca por alívio imediato a levava a fazer compras em excesso, sem medir o impacto financeiro. Ela associou essas atitudes a momentos de baixa autoestima, frustrações e pressões externas.
Esse tipo de compulsão, muitas vezes ignorado ou minimizado, pode ser um reflexo de problemas psicológicos mais profundos. No caso da cantora, o reconhecimento público do transtorno foi um passo importante para enfrentar a questão.
Preta relatou que, ao perceber o padrão repetitivo, iniciou uma busca interna por respostas. A partir daí, deu início a um processo de compreensão e tentativa de cura emocional.
Família interveio diante da gravidade do quadro
A situação chegou a um ponto em que familiares precisaram intervir para evitar um colapso financeiro e emocional. Medidas drásticas foram adotadas para conter os danos causados pela compulsão.
Segundo relatos, a família de Preta teve papel essencial ao estabelecer limites e oferecer suporte durante esse período. A ajuda foi fundamental para que a artista não enfrentasse o problema sozinha.
A compulsão por compras pode comprometer não apenas as finanças, mas também as relações pessoais e o bem-estar emocional. No caso de Preta, o apoio de pessoas próximas foi decisivo para a superação.
O episódio mostra como transtornos comportamentais muitas vezes são silenciosos e exigem atenção. A coragem da cantora em expor sua dor ajudou a dar visibilidade ao tema.
