A manhã do dia 25 de julho de 2025 ficou marcada como um dos momentos mais emocionantes da cultura brasileira. No Theatro Municipal do Rio, milhares de pessoas se reuniram para dar adeus a Preta Gil, que faleceu aos 50 anos, vítima de um câncer colorretal.
O velório público contou com homenagens, músicas, coroas de flores e lembranças em imagens projetadas. A cerimônia teve início às 9h e terminou às 13h, com clima de respeito e comoção.
Em meio ao luto coletivo, o que chamou atenção foi o gesto de alguns fãs: fotografaram discretamente o rosto da artista no caixão, despertando reações distintas entre o público.
Registros do rosto de Preta geraram debate e emoção nas redes
Preta Gil foi velada em um caixão branco, com detalhes dourados e cercado por flores. Refletores suaves iluminavam o espaço, criando um ambiente de serenidade. Enquanto passavam diante do corpo, alguns fãs fizeram registros do momento.
As imagens, compartilhadas nas redes sociais, mostravam o rosto sereno da artista. Muitos consideraram o ato uma forma de guardar a última lembrança de alguém tão querida. Outros, no entanto, avaliaram como uma invasão ao momento íntimo da família.
A família da cantora não se pronunciou sobre os registros, mantendo o foco nas homenagens e no legado da artista. O clima, ainda assim, permaneceu respeitoso e silencioso.
Mesmo diante da polêmica, a grande maioria das mensagens foi de carinho e reverência. As imagens acabaram se tornando mais uma forma de celebrar a conexão entre Preta e seu público.
Velório no Theatro Municipal foi símbolo de sua trajetória artística
O Theatro Municipal foi escolhido por Preta ainda em vida como o local da despedida pública. O espaço, que representa a tradição e a cultura do país, se transformou para celebrar sua jornada artística e pessoal.
Um telão exibiu fotos marcantes de sua infância, carreira e vida familiar. Amigos próximos usaram camisetas com a imagem da cantora e os dizeres “Preta tudo”, como uma declaração de amor coletivo.
Entre os presentes estiveram artistas como Ivete Sangalo, Caetano Veloso e Carolina Dieckmann. Gilberto Gil e o presidente Lula também prestaram homenagens, com palavras que exaltaram sua luz e legado.
A atmosfera foi de emoção, mas também de celebração. O velório refletiu a vida intensa, livre e generosa de uma mulher que transformou a dor em arte e o palco em espaço de resistência.
Cortejo e cremação cumpriram desejos expressos pela cantora
Ao fim da cerimônia, o corpo de Preta Gil seguiu em cortejo conduzido pelo Corpo de Bombeiros até o Cemitério do Caju. O trajeto escolhido seguiu o mesmo caminho dos megablocos do carnaval carioca — o “Circuito Preta Gil”.
A escolha pela cremação foi feita pela própria cantora. Ao longo de sua luta contra o câncer, Preta sempre falou com transparência sobre o processo, inclusive sobre seu desejo por uma despedida leve e significativa.
A cerimônia de cremação foi privada, restrita a familiares e amigos. Ela aconteceu em uma sala ecumênica decorada para transmitir paz, com pétalas, luz suave e uma trilha sonora simbólica.
Com a despedida final, Preta Gil deixou um legado que ultrapassa a música. Sua trajetória tornou-se referência de coragem, autenticidade e amor-próprio para milhares de pessoas em todo o país.
