Acaba De Ser Divulgado: Suzane Von Richtrofen Acaba De Ser Mo… Ver Mais
Condenada pelo assassinato dos próprios pais em 2002, Suzane von Richthofen buscou, em 2017, uma alternativa para iniciar os estudos universitários enquanto cumpria pena no regime semiaberto. A intenção era cursar Administração a distância, aproveitando os direitos concedidos dentro da progressão penal.
No entanto, o caminho para conseguir essa autorização se mostrou mais lento e burocrático do que o esperado. A frustração com a demora levou Suzane a redigir uma carta, formalizando sua desistência do processo, documento que veio à público posteriormente.
Mesmo com o interesse declarado em se qualificar, Suzane acabou optando por esperar a progressão para o regime aberto, onde imaginava que os estudos poderiam acontecer com maior liberdade e menos entraves legais.
Pedido de curso foi barrado pela lentidão do sistema
Em março de 2017, Suzane e outra detenta da Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, ambas condenadas por homicídio, solicitaram permissão para cursar ensino superior. No caso de Suzane, a escolha foi por um curso de Administração na modalidade EAD.
A lentidão para análise e liberação do pedido fez com que a iniciativa fosse abandonada ainda naquele ano. No fim de junho, ambas formalizaram por escrito a desistência do processo. A carta de Suzane mencionava claramente o desejo de estudar apenas após conquistar a liberdade plena.
Apesar do sistema permitir que detentos em regime semiaberto estudem, o trâmite burocrático para autorizar cursos à distância demonstrou falhas. A dificuldade em viabilizar o acesso à educação dentro do sistema prisional ainda é um entrave recorrente.
A decisão de Suzane em interromper a solicitação mostrou o contraste entre o discurso de ressocialização e a realidade enfrentada por detentos que tentam se reintegrar através do estudo.
Mudança de planos e nova fase acadêmica presencial
Mesmo após ter desistido do curso a distância, Suzane acabou iniciando outra formação acadêmica ainda em prisão. Em setembro de 2021, obteve autorização para frequentar presencialmente um curso de Biomedicina, em uma universidade particular de Taubaté.
Com horários restritos, ela podia sair da penitenciária no início da noite e retornar pouco antes da meia-noite. A medida fazia parte de um protocolo controlado, comum em casos de presos em regime semiaberto com bom comportamento.
A escolha por Biomedicina surpreendeu, já que anteriormente seu foco era Administração. A mudança pode ter sido motivada por oportunidades disponíveis ou mudança de interesses ao longo do tempo.
O início dos estudos presenciais ocorreu mesmo sem a progressão ao regime aberto, contrariando o que ela havia indicado na carta anos antes. A decisão evidenciou um novo capítulo em sua tentativa de reconstruir a vida.