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Eles foram cobrar uma dívida e nunca mais voltaram, famílias vivem dias de terr0r após saber que… Ver mais

O desaparecimento de quatro homens — três de São Paulo e um do Paraná — tem mobilizado forças policiais e intrigado familiares desde o início da semana. A viagem, segundo parentes, tinha como objetivo a cobrança de uma dívida milionária ligada à venda de uma propriedade rural.

Eles saíram de São José do Rio Preto e Olímpia, no interior paulista, com destino a Icaraíma, cidade paranaense na divisa com o Mato Grosso do Sul. No caminho, encontraram o quarto integrante do grupo, morador da região.

A partir de terça-feira (29), os contatos cessaram. Sem ligações, mensagens ou sinais do veículo usado na viagem, a angústia das famílias só aumentou, e o caso ganhou repercussão nacional.

Viagem de cobrança e sumiço repentino

Os três paulistas — Rubsley Irnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalk e Diego Henrique Afonso — chegaram ao Paraná na noite de segunda-feira (28) e se encontraram com Alencar Gonçalves de Souza, apontado como credor da dívida.

Segundo a esposa de um dos desaparecidos, o débito estaria relacionado à venda de uma chácara, com dez promissórias de R$ 25 mil ainda em aberto. A negociação previa que o pagamento poderia ser feito em dinheiro, gado ou terra.

Na terça-feira pela manhã, os quatro teriam ido a um pesqueiro pertencente a uma família local. Por volta de 11h30, todos os sinais de contato cessaram. Celulares foram desligados e não houve mais qualquer comunicação.

Relatos indicam que o encontro com o devedor não foi amistoso. Uma das esposas mencionou que houve clima de tensão e a suspeita de que ele estivesse armado.

Investigação e buscas intensas

Desde quarta-feira (30), as polícias civis do Paraná e de São Paulo trabalham em conjunto para tentar localizar os desaparecidos. Cães farejadores, helicópteros com sensores térmicos e equipes especializadas vasculham áreas de mata na região.

O secretário de Segurança Pública do Paraná confirmou que vestígios apontam a presença do grupo na área investigada. O veículo Toro branco usado na viagem ainda não foi encontrado.

As buscas se concentram em Icaraíma e arredores, região cercada por fazendas e com baixa presença policial. A dificuldade de acesso e a extensão da área aumentam os desafios.

Moradores são orientados a repassar qualquer informação que possa auxiliar nas investigações, mesmo de forma anônima.

Clima de medo e muitas perguntas sem resposta

Familiares relatam que a ausência de notícias e a falta de informações oficiais ampliam o sofrimento. Para eles, o caso envolve um “território sem lei”, onde a presença do Estado é limitada.

Ainda não há confirmação sobre como a cobrança seria conduzida e se haveria algum tipo de ameaça envolvida. A Polícia Civil busca esclarecer tanto a dinâmica da dívida quanto a identidade do comprador da propriedade.

O histórico do suposto devedor e possíveis ligações com crimes na região também estão sob apuração.

Enquanto isso, quatro famílias aguardam, em meio ao medo e à incerteza, por qualquer notícia que revele o destino de seus entes queridos.

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