Após Pedido de Impeachment, Moraes Encara Bolsonaro e Pergunta se Ele Quer Ficar Livre Para… Ver mais
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu transferir ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a escolha sobre receber ou não visitas de aliados políticos durante o período de prisão domiciliar. A medida foi tomada após diversas solicitações encaminhadas à Corte desde a decretação da ordem de recolhimento, na última segunda-feira.
Entre os nomes solicitantes está o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado um dos principais aliados e herdeiros políticos de Bolsonaro.
A decisão busca simplificar o processo, evitando disputas jurídicas sobre o acesso à residência do ex-presidente, localizada em um condomínio de alto padrão no Jardim Botânico, em Brasília.
Controle sobre visitas durante prisão domiciliar
De acordo com determinação de Moraes, os advogados de Bolsonaro deverão informar ao STF se ele deseja ou não receber as visitas solicitadas.
Atualmente, qualquer contato presencial com aliados precisa ser previamente autorizado pela Corte. A medida foi estabelecida para garantir que não haja reuniões que possam interferir no andamento das investigações.
A autorização individual por parte de Bolsonaro é vista como forma de manter sua autonomia, ainda que sob restrição judicial.
O controle sobre a entrada de visitantes permanece com o STF, mas o primeiro filtro agora passa pela própria vontade do ex-presidente.
Lista de aliados que pedem acesso
Além de Tarcísio de Freitas, outros políticos e figuras próximas ao núcleo bolsonarista solicitaram visitas. Entre eles estão os deputados federais Sanderson Zucco (PL-RS), Junio Amaral (PL-MG) e Marcelo Moraes (PL-RS).
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, também está entre os nomes que aguardam resposta.
O empresário Renato Araújo Corrêa, de Angra dos Reis, conhecido por sua proximidade com Bolsonaro, figura na lista.
Todos os pedidos permanecem pendentes até que Bolsonaro manifeste interesse e o STF dê a autorização final.
Repercussões e interpretações políticas
O gesto de Moraes é interpretado como tentativa de evitar desgastes institucionais e discussões sobre liberdade de visitas em casos de prisão domiciliar.
A decisão também preserva a responsabilidade pessoal do investigado sobre o contato com seu círculo político.
Para apoiadores, a medida reforça o direito de Bolsonaro decidir sobre suas relações, mesmo sob restrição.
Para críticos, a possibilidade de encontros mantém viva uma rede de influência que poderia impactar investigações e debates políticos em curso.