Durante os trabalhos intensos de resgate no Monte Rinjani, um dos alpinistas revelou algo que ficou guardado até agora. Quando chegaram até Juliana Marins, havia mais que silêncio.
Segundo ele, a cena não era apenas trágica — era profundamente tocante. Juliana estava deitada de lado, com os braços cruzados sobre o peito, como se tivesse feito uma oração antes de partir.
O alpinista contou que, ao se aproximar, percebeu um bilhete amarrotado dentro da mochila. Era uma carta escrita à mão, endereçada à família.

Palavras que ninguém esperava encontrar
A carta dizia: “Se algo acontecer, saibam que fui feliz até aqui. Amo vocês. Continuem firmes.” Não havia medo nas palavras, só gratidão.
O alpinista, visivelmente abalado, relatou que leu o bilhete para a equipe antes de recolherem o corpo. Todos choraram em silêncio naquele momento.
“Eu já resgatei muitas pessoas, mas essa foi diferente. Era como se ela soubesse que não sairia dali, e mesmo assim tivesse paz”, afirmou.

Uma despedida que virou exemplo
O relato viralizou entre os voluntários da missão. Muitos disseram que nunca haviam sentido algo tão profundo durante um resgate.
A atitude de Juliana foi descrita como “um último ato de amor”. Mesmo diante da morte, pensou em confortar os que ficariam.
Agora, além de ser lembrada pela tragédia, será também conhecida por sua força e serenidade diante do fim.