O cenário político brasileiro foi novamente sacudido por declarações de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que usou suas redes sociais para lançar um vídeo carregado de críticas, advertências e insinuações sobre possíveis reações internacionais. Segundo ele, o recado teria como objetivo chamar atenção das autoridades brasileiras para o que considera um risco diplomático iminente.
No centro do discurso está uma carta atribuída ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviada diretamente a Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar. O conteúdo do documento, segundo Eduardo, revelaria solidariedade e preocupação com os rumos do processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
O episódio ocorreu justamente após a definição da data do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá o futuro político do ex-presidente. A publicação de Eduardo rapidamente viralizou, dividindo opiniões e aumentando a tensão entre aliados e opositores.
Carta de Trump reacende alerta sobre pressão internacional
O ponto central do vídeo de Eduardo Bolsonaro é a exibição de uma suposta carta de Donald Trump, que teria sido entregue por aliados próximos do ex-presidente norte-americano. No conteúdo, segundo Eduardo, Trump manifesta apoio irrestrito a Jair Bolsonaro e faz críticas indiretas à condução das investigações no Brasil.
Segundo o deputado, a mensagem teria sido escrita antes mesmo da decisão do ministro Alexandre de Moraes que impôs restrições ao ex-presidente. O parlamentar classificou Trump como uma figura de grande peso geopolítico, afirmando que sua influência vai muito além dos Estados Unidos.
Para sustentar essa tese, mencionou episódios que envolvem o republicano em negociações e embates com potências como Rússia, Coreia do Norte, Irã e União Europeia. Eduardo questionou publicamente se o governo brasileiro estaria subestimando alguém com tamanha influência global.
A menção ao possível impacto das ações de Trump serve, segundo ele, como um aviso: o Brasil poderia sofrer sanções políticas e comerciais caso a situação de Jair Bolsonaro não seja, de alguma forma, revista pelas instituições.
Diplomacia sob críticas e bastidores tensos
Eduardo Bolsonaro também aproveitou a gravação para tecer duras críticas ao Itamaraty, sugerindo que a diplomacia brasileira estaria falhando na interlocução com os Estados Unidos. Segundo ele, autoridades brasileiras estariam sendo desprezadas ou ignoradas por figuras-chave do governo norte-americano.
Como exemplo, citou a suposta recepção hostil à embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti em um encontro com representantes do Departamento de Estado. A situação foi apresentada como um sintoma de desgaste crescente nas relações entre os dois países.
No vídeo, o parlamentar afirmou estar se baseando em informações vindas de bastidores e reuniões com aliados de Trump. De acordo com ele, tais encontros reforçam a tese de que há insatisfação nos círculos conservadores americanos com a postura do governo brasileiro.
Eduardo ainda destacou que sua fala deve ser vista como um “último conselho” antes que consequências mais severas venham à tona. O recado foi direto, e, segundo ele, ignorá-lo seria um erro estratégico do Brasil.
