Esta Bactéria Pode Surgir No Estômago Das Mulheres Que Praticam Se…Ver mais
O sexo anal ainda é cercado de tabus, mas é importante que se fale sobre seus riscos e cuidados, especialmente quando o assunto é a saúde da mulher. Sem os devidos cuidados de higiene e proteção, essa prática pode expor o organismo feminino a bactérias perigosas, que podem migrar para o estômago, intestino e até órgãos reprodutivos.
Entre os principais riscos está o desequilíbrio da flora bacteriana. O reto abriga diversas bactérias, como a Escherichia coli, que, se transferida para outras partes do corpo, pode causar infecções graves. A contaminação pode acontecer principalmente quando há penetração anal e, em seguida, vaginal ou oral, sem higienização adequada.
Apesar de o estômago possuir um ambiente ácido que elimina muitas ameaças, ele não é imune. Em algumas situações, micro-organismos podem sobreviver e desencadear quadros como gastrite bacteriana ou infecção intestinal. Além disso, o risco é maior quando há feridas, fissuras ou baixa imunidade.
Por isso, a informação e a prevenção são fundamentais para que a saúde íntima e digestiva da mulher não seja comprometida após esse tipo de prática sexual.
Principais bactérias envolvidas e como elas agem no corpo
A E. coli é a bactéria mais associada a infecções após o sexo anal sem proteção. Natural da flora intestinal, ela é inofensiva no reto, mas perigosa quando chega a outras partes do corpo. Ao atingir o trato urinário ou o sistema digestivo, pode causar infecções e inflamações.
Outra bactéria comum é a Klebsiella pneumoniae, que também pode provocar distúrbios gastrointestinais e urinários. Já a Proteus mirabilis está ligada a casos de infecção urinária e pedras nos rins. Todas essas bactérias podem ser transmitidas pelo contato com fezes e secreções, caso não haja uso de preservativo.
A migração dessas bactérias acontece, em muitos casos, quando há troca de penetração sem troca de preservativo. Esse comportamento facilita a entrada dos micro-organismos no canal vaginal, na uretra e, em situações mais raras, até no estômago por via oral.
Alguns quadros podem se manifestar com sintomas leves, como desconforto abdominal, diarreia ou ardência ao urinar. Mas há casos em que a infecção evolui para complicações mais sérias, exigindo tratamento com antibióticos e acompanhamento médico.
Cuidados essenciais para evitar infecções
O uso de preservativo durante o sexo anal é o principal método de prevenção contra a entrada de bactérias prejudiciais no corpo. Além disso, é fundamental não alternar a penetração entre o ânus e a vagina ou a boca sem higienização ou troca de preservativo.
Higiene íntima antes e depois da relação também ajuda a evitar a proliferação de micro-organismos. O uso de lubrificantes à base de água é recomendado, pois reduz o risco de fissuras e microlesões que facilitam a entrada de bactérias.
Evitar alimentos pesados e manter o intestino regulado antes da prática sexual também pode contribuir para uma experiência mais segura. Em caso de sintomas após a relação, como dor abdominal, febre ou secreções, é importante procurar orientação médica imediatamente.
Informação, diálogo e cuidado são os pilares para uma vida sexual segura e saudável. Mulheres que praticam sexo anal devem estar atentas não apenas ao prazer, mas também às consequências invisíveis que podem surgir sem a proteção adequada.