Juliana Marins, brasileira de 26 anos, está presa em um penhasco dentro do vulcão Rinjani, na Indonésia, desde que escorregou durante uma trilha na última sexta-feira. O caso comoveu sua família em Niterói e atraiu atenção internacional.
Ela foi localizada por um drone a cerca de 500 metros abaixo da trilha, imóvel e sem sinais aparentes de movimento, em meio a rochas e vegetação íngreme.
O resgate já dura mais de 60 horas. As equipes conseguiram descer 250 metros, mas condições climáticas e visibilidade limitada interromperam a missão às 16h locais (5h em Brasília).

Entre a esperança e o precipício
Juliana caiu ao escorregar em pedras molhadas, sem agasalhos, apenas de jeans, camiseta e tênis — e sem seus óculos, essenciais pela miopia.
A irmã, Mariana, denunciou que a empresa de turismo forneceu informações imprecisas sobre resgate. Vídeos e fotos enviados por espanhóis mostraram a jovem, mas o resgate permaneceu distante.
Um brasileiro que está no local relatou que o terreno é instável, com neblina intensa, vento e pedras escorregadias — fatores que complicam o acesso terrestre.

Quando cada segundo conta
O Itamaraty mobilizou autoridades no “mais alto nível” e dois diplomatas estão a caminho para acompanhar a operação.
Drones térmicos continuam sobrevoando o local, mas o resgate por helicóptero só será possível se o tempo colaborar — e exigirá guincho especializado.
A previsão é de que os trabalhos reiniciem às 3h da madrugada local (16h no Brasil) — mas toda a operação depende da visibilidade.
O peso da espera
Enquanto isso, Juliana segue sem comida, água ou agasalho. A família teme por sua sobrevivência em condições tão adversas.
A cada momento que passa, cresce o drama — mas também a mobilização de comunidades, grupos de montanhismo e voluntários para pressionar por auxílio imediato.
A história de Juliana ecoa como alerta: turismo em área remota exige estrutura, comunicação clara e plano de emergência eficaz. E a esperança resiste, mesmo no precipício.