O câncer no ânus é uma condição rara, mas que merece atenção, principalmente entre as mulheres. Embora pouco falado, esse tipo de tumor tem apresentado crescimento nos últimos anos e está fortemente relacionado a alguns comportamentos e fatores de risco.
Um deles é a prática do sexo anal sem proteção. Isso porque essa região do corpo é bastante sensível e suscetível a pequenas lesões, que facilitam a entrada do vírus HPV — um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento desse tipo de câncer.
Além disso, a falta de informação e o tabu em torno do tema fazem com que muitas mulheres não procurem ajuda médica quando sentem algo diferente na região anal.
Sintomas que devem acender o sinal de alerta
Os sintomas do câncer anal podem ser confundidos com outras condições mais simples, como hemorroidas. Entre os sinais mais comuns estão dor, sangramento, coceira ou nódulos na região anal. Por isso, qualquer alteração precisa ser investigada com seriedade.
O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura. Exames como a anuscopia e a biópsia podem identificar alterações no tecido anal. Mulheres que têm histórico de HPV ou HIV devem redobrar os cuidados.
Vale lembrar que o câncer anal é mais frequente após os 50 anos, mas isso não significa que mulheres mais jovens estejam livres do risco, principalmente se expostas aos fatores já citados.
Prevenção e cuidados que fazem a diferença
A vacinação contra o HPV é uma das formas mais eficazes de prevenção. Ela é indicada para meninos e meninas ainda na infância, mas também pode ser tomada em adultos, com orientação médica.
Além disso, o uso de preservativos em todas as práticas sexuais é fundamental. O acompanhamento ginecológico regular e o diálogo aberto com os profissionais de saúde ajudam na prevenção e no diagnóstico precoce.
Falar sobre o assunto sem vergonha é um passo importante para quebrar o tabu e proteger a saúde íntima da mulher.
