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Chega a quase 200 o número de m0rtos na pior passagem de um tor…Ver mais

O Sudeste Asiático enfrenta uma de suas piores tragédias naturais dos últimos anos. O tufão Kalmaegi, considerado o mais poderoso de 2025, já provocou quase 200 mortes e milhares de desabrigados em sua passagem devastadora pela região. Com ventos que ultrapassaram os 250 km/h, o fenômeno atingiu principalmente as Filipinas e o Vietnã, antes de seguir em direção ao Camboja e ao Laos, onde ainda há risco de inundações e deslizamentos.

Segundo autoridades locais, comunidades inteiras ficaram isoladas após o colapso de pontes e estradas, dificultando o acesso de equipes de resgate. O cenário é de completa destruição: casas submersas, plantações arrasadas e cidades sem energia elétrica. Imagens de satélite mostram o tamanho do desastre, com uma trilha de destruição que se estende por centenas de quilômetros.

Cientistas alertam para aumento da força dos tufões

De acordo com especialistas em mudanças climáticas, o Kalmaegi é um exemplo extremo de como o aquecimento global vem potencializando a intensidade das tempestades tropicais. O aumento da temperatura dos oceanos faz com que os tufões ganhem mais energia e se tornem mais violentos, com volumes de chuva muito acima da média histórica.

Nas Filipinas, onde o fenômeno chegou com força total, mais de 140 pessoas morreram, segundo o governo local, que declarou estado de calamidade nacional. As autoridades tentam acelerar a remoção dos escombros e o resgate de vítimas, mas o desafio é enorme. Milhares de famílias continuam abrigadas em escolas e ginásios, enquanto aguardam ajuda humanitária.

No Vietnã, as inundações arrastaram veículos, destruíram plantações de arroz e deixaram centenas de pessoas feridas. Já no Camboja, os meteorologistas alertam que o país deve enfrentar chuvas intensas e ventos superiores a 180 km/h nas próximas 48 horas. O Laos também permanece em alerta máximo, com evacuações preventivas em áreas de risco.

População tenta se reerguer enquanto o mundo observa

Enquanto os governos locais lutam para conter os efeitos imediatos da tragédia, organizações internacionais já iniciaram campanhas de doações e envio de suprimentos. A ONU anunciou o envio de equipes de resgate e toneladas de alimentos para as regiões mais afetadas. Países vizinhos, como Japão e Austrália, também prometeram ajuda financeira e logística.

A reconstrução, no entanto, deve levar meses. Especialistas preveem prejuízos bilionários e impactos severos na economia local, especialmente nas áreas rurais, onde a agricultura é a principal fonte de renda. Além das perdas materiais, o trauma emocional é profundo: famílias inteiras desapareceram, e comunidades estão tentando identificar vítimas em meio aos destroços.

Cientistas reforçam que eventos como o Kalmaegi devem se tornar cada vez mais frequentes e intensos nos próximos anos, caso as emissões de gases de efeito estufa continuem aumentando. A tragédia serve de alerta global sobre os efeitos concretos da crise climática, que já não é uma ameaça distante, mas uma realidade devastadora.

Enquanto as águas recuam e o silêncio toma conta das cidades destruídas, o mundo observa mais uma prova de que o planeta está em desequilíbrio — e que o preço da inação pode ser alto demais.

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