Com Fuz1l em Mãos, Ela Desafiou a Polícia e o CV E Acabou Sendo Abs… Ver mais
Uma mulher, armada até os dentes, desafiando tanto a polícia quanto a maior facção criminosa do país. A história de Eveline Fuganti Richers, conhecida como “Diaba Loira”, parece cena de filme, mas terminou com um desfecho brutal e previsível. A traficante, catarinense de nascimento, foi encontrada morta, enrolada em um lençol, com marcas de tiro na cabeça e no tórax, em plena rua na zona norte do Rio de Janeiro.
Eveline foi assassinada durante a madrugada após uma tentativa de invasão do Comando Vermelho ao Morro do Fubá, onde integrantes do Terceiro Comando Puro, facção à qual ela havia se aliado recentemente, atuam. Sua morte, tratada como execução, levanta alertas sobre o grau de exposição e ousadia que ela mantinha nas redes sociais.
Apelidada de “Diaba Loira” pela forma provocativa com que se apresentava, Eveline costumava exibir armas de grosso calibre e gravar vídeos afrontando diretamente seus inimigos e as forças de segurança. Em um dos vídeos, chega a afirmar que não tinha medo da morte. Agora, a polícia investiga quem teria sido o autor ou os autores da execução.
De vítima de agressão a líder armada do tráfico
Antes de entrar de cabeça no mundo do crime, Eveline foi vítima de agressões do ex-marido em Santa Catarina. Após o episódio, fugiu para o Rio de Janeiro. Lá, ao invés de buscar recomeço, mergulhou no tráfico de drogas. Inicialmente ligada ao Comando Vermelho, rompeu com o grupo e migrou para o Terceiro Comando Puro.
A troca de facção foi marcada por ataques públicos aos ex-parceiros e vídeos em que os chamava de despreparados. A audácia de enfrentar tanto seus antigos aliados quanto a polícia carioca fez com que ficasse marcada dentro e fora do crime organizado.
Segundo a polícia, Eveline já era investigada em Santa Catarina por envolvimento com o tráfico antes mesmo de sua mudança para o Rio. No novo estado, virou figura conhecida, tanto por sua atuação armada quanto pela exposição nas redes.
Sua morte não surpreendeu investigadores. Para a polícia, era apenas uma questão de tempo até que o comportamento explosivo e desafiador tivesse um fim violento.
Uma figura polêmica que virou símbolo da guerra urbana
A execução da Diaba Loira acontece em meio a mais um capítulo da guerra entre facções no Rio. O Morro do Fubá, onde ela atuava, foi alvo de invasão do Comando Vermelho. O corpo dela foi encontrado a poucos quilômetros dali, em Cascadura.
Moradores relatam ouvir tiros durante a madrugada e, ao amanhecer, encontraram o corpo na rua. A cena reforça o clima constante de tensão em comunidades dominadas por facções rivais.
A polícia agora busca entender quem ordenou a execução. Há suspeitas de que a própria exposição pública e os vídeos provocativos tenham motivado o crime. Os investigadores trabalham com a hipótese de que tenha sido morta por antigos aliados do Comando Vermelho.
A morte de Eveline levanta também discussões sobre a influência das redes sociais no comportamento de criminosos. Muitos buscam fama, poder e respeito através da imagem, mesmo que isso signifique encurtar a própria vida.