Empresário Diz Que Não M4tou Ninguém e Culpa “Outra Pessoa” Pelo T!ro… Ver mais
Laudemir de Souza Fernandes saiu para mais um dia de trabalho sem saber que não voltaria para casa. Enquanto executava sua função como gari em uma rua de Belo Horizonte, acabou sendo vítima da violência e da arrogância de um empresário que não soube lidar com o trânsito.
Renê da Silva Nogueira Júnior, o autor do crime, dirigia um carro de luxo e perdeu a paciência ao se deparar com um caminhão de coleta que fazia manobras. Em vez de esperar, preferiu sacar uma arma e atirar contra quem apenas cumpria seu dever. Um gesto cruel que tirou a vida de um trabalhador e deixou uma família devastada.
O caso chamou atenção nacional, não só pela brutalidade do crime, mas pela frieza com que foi cometido. A comoção tomou conta das redes sociais, programas de televisão e reforçou um sentimento coletivo de indignação e busca por justiça.
Um desentendimento no trânsito que terminou em assassinato
Segundo testemunhas, o empresário parou ao lado do caminhão e ameaçou a motorista com uma arma, exigindo passagem imediata. Ela tentava manobrar o veículo com ajuda dos coletores para abrir espaço, mas a reação do motorista foi extrema e injustificável.
Laudemir tentou intervir de forma pacífica, indicando que o carro poderia passar sem problemas. Foi quando o empresário desceu do carro, armado, e realizou o disparo fatal contra o gari. As câmeras de segurança da rua registraram a correria dos trabalhadores logo após o tiro.
O gari ainda conseguiu caminhar por alguns metros, mas caiu na esquina, ferido. Colegas tentaram prestar socorro, mas ele não resistiu aos ferimentos. A polícia foi acionada e iniciou buscas imediatas pelo autor.
Horas depois, Renê foi localizado em uma academia da região. Preso em flagrante, teve a prisão convertida em preventiva e foi encaminhado ao presídio de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A arma era da esposa, delegada da Polícia Civil
O que também gerou repercussão foi a origem da arma utilizada no crime. A pistola apreendida na casa do empresário pertencia à esposa dele, uma delegada da Polícia Civil de Minas Gerais. Era a arma particular da agente, usada sem autorização.
A delegada possuía duas armas registradas: uma funcional e uma particular. A que estava com o marido era a de uso pessoal. Ainda não se sabe se houve negligência ou se ele teve acesso sem conhecimento da dona da arma.
Esse fato reacendeu debates sobre responsabilidade na guarda de armas dentro de casa. Embora o autor do disparo seja o principal responsável, há quem defenda que a delegada também deveria ser investigada por omissão.
As autoridades informaram que o caso está sendo apurado com rigor, e que todas as responsabilidades serão analisadas. A Polícia Civil ainda não se manifestou oficialmente sobre o envolvimento da delegada no caso.