M0rre o empresário Ricardo Lopes após ingerir bebida com metanol, ele era dono das l…Ver mais
A cidade de São Paulo registrou oficialmente a primeira morte relacionada à crise das bebidas adulteradas com metanol. A vítima foi o empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, que faleceu no dia 16 de setembro após ingerir uma bebida alcoólica contaminada pela substância tóxica. A confirmação ocorreu no dia 1º de outubro, despertando grande preocupação entre as autoridades de saúde e segurança pública.
O caso foi registrado no 57º Distrito Policial, no Parque da Mooca, zona leste da capital. Segundo as investigações, Ricardo começou a passar mal em sua residência, apresentando convulsões e sinais de intoxicação. Ele foi encontrado em estado grave pelo irmão, que o socorreu imediatamente. O empresário foi levado ao Hospital Vila Lobos, onde permaneceu internado por quatro dias, mas não resistiu às complicações.
A perícia médica constatou que a causa da morte foi envenenamento por metanol, uma substância altamente tóxica e frequentemente usada de forma ilegal na produção de bebidas falsificadas. O caso trouxe à tona uma série de outras ocorrências semelhantes, com diversas mortes e internações sendo investigadas na Grande São Paulo.

Metanol é altamente perigoso e pode causar cegueira e morte
De acordo com especialistas, o metanol é um tipo de álcool utilizado na indústria, mas proibido para consumo humano. Mesmo pequenas quantidades são capazes de causar danos irreversíveis, como cegueira, falência dos órgãos e, em casos mais graves, óbito. No organismo, ele provoca acidificação do sangue e edema cerebral, o que explica o quadro de Ricardo nos últimos dias de vida.
O irmão da vítima, Ronaldo Mira, que também era seu sócio, relatou à polícia que Ricardo costumava beber socialmente, mas nunca havia enfrentado reações tão severas. Esse detalhe reforçou a suspeita de que a bebida ingerida havia sido adulterada.
A morte de Ricardo provocou comoção entre colegas e empresários do setor de plásticos. Ele era dono das empresas Miraplastic e 4Plast, conhecidas pela atuação sólida e pela credibilidade no mercado. Amigos e parceiros destacaram sua trajetória profissional e lamentaram a perda repentina.
Autoridades intensificam investigações sobre bebidas adulteradas
O caso de Ricardo se soma a outros episódios semelhantes que estão sendo apurados pela Polícia Civil e por órgãos de saúde. Pelo menos cinco mortes suspeitas e dezenas de internações estão sob análise. As investigações apontam para uma possível rede criminosa envolvida na falsificação e comercialização de bebidas alcoólicas, como vodcas e gins, em toda a região metropolitana.
As autoridades reforçam que a população deve evitar o consumo de produtos sem procedência comprovada e procurar atendimento médico imediato em caso de sintomas como náuseas, tontura, visão turva ou convulsões.
A tragédia envolvendo Ricardo Lopes Mira serve como um alerta sobre os riscos do consumo de bebidas ilegais e evidencia a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa. Além disso, reforça a importância de campanhas de conscientização para impedir que novas vidas sejam perdidas em decorrência desse tipo de crime.



 
						




