O caso que assombrou Interlagos chegou aos holofotes nesta semana. O empresário Adalberto Amarilio Júnior, de 36 anos, desapareceu durante um evento de motos em 30 de maio, e seu corpo só foi encontrado em 3 de junho, num buraco em obras dentro do autódromo.
A Polícia Civil de São Paulo revelou que Adalberto morreu por asfixia — e agora trata o caso como homicídio. Os primeiros laudos indicam uma “morte lenta e agonizante” . As lesões no pescoço e pulmões reforçam essa suspeita.
O laudo toxicológico do IML afastou álcool e drogas — contradizendo o depoimento do amigo Rafael, que afirmou que beberam e fumaram durante o evento.

Investigação percorre uma teia de seguranças e frequentadores
As autoridades enfrentam um desafio gigantesco: cerca de 188 seguranças trabalhavam no local, além de funcionários de limpeza, manutenção, manobristas e milhares de participantes — estima-se que o evento tenha recebido cerca de 20 000 pessoas.
A delegada Ivalda Aleixo frisa que pode ter ocorrido um golpe conhecido como mata-leão ou compressão torácica — possivelmente praticado por duas pessoas, imobilizando Adalberto até a morte.
A polícia segue em sigilo, analisando câmeras, coleta de DNA sob unhas e sangue no carro da vítima — elemento que pode ser crucial para revelar os autores.

Detalhes revelam possível confronto final
Adalberto foi achado sem calças, sem tênis e com o capacete sobre a cabeça — um cenário que reforça a hipótese de crime, não acidente. Ele pode ter sido colocado ali desacordado, segundo investigação.
Escoriações no joelho sugerem que ele sofreu ferimentos ainda vivo, talvez durante o transporte até o buraco. A análise do sangue dentro do carro pode identificar se o crime ocorreu antes ou depois de tentarem sair do local.
Até o momento, nenhum suspeito foi formalmente identificado. O amigo Rafael está classificado como testemunha, pois apresenta álibi e coopera com o inquérito.