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Em estado terminal, atriz foi mantida viv4 só para concluir a novel… Ver mais

A novela Bebê a Bordo, exibida pela Globo entre 1988 e 1989, marcou época e se tornou inesquecível para o público. Muitos lembram imediatamente de Isabela Garcia, que brilhou como protagonista. No entanto, outro nome também ficou eternizado, não apenas pelo talento, mas pela coragem diante da adversidade. Trata-se de Dina Sfat, uma das maiores atrizes da televisão brasileira, que atuou até seus últimos dias, mesmo enfrentando uma batalha contra o câncer.

Nascida em São Paulo, em 28 de outubro de 1938, Dina começou sua carreira artística no cinema e na televisão ainda na década de 1960. Sua primeira novela foi Ciúme, exibida em 1966 pela Rede Tupi. Pouco tempo depois, passou a integrar o elenco da Globo, onde se consagrou como uma das artistas mais respeitadas do país.

Ao longo dos anos 1970, acumulou sucessos em produções que marcaram a teledramaturgia brasileira, como Selva de Pedra (1972), Os Ossos do Barão (1973), Fogo Sobre Terra (1974), Gabriela (1975), Saramandaia (1976), O Astro (1977) e Os Gigantes (1979).

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Dina atuou em novela mesmo em estado terminal

Em 1985, Dina foi diagnosticada com câncer de mama e iniciou o tratamento. A doença, no entanto, não a afastou da televisão. Em 1988, mesmo debilitada, aceitou o desafio de participar de Bebê a Bordo, escrita por Carlos Lombardi.

Durante as gravações, Dina já enfrentava fortes dores e sinais de metástase, mas manteve-se firme em sua decisão de continuar trabalhando. De acordo com Lombardi, houve discussões sobre afastá-la do elenco, mas um médico aconselhou o contrário, afirmando que a novela era o que a mantinha viva.

“Foi muito penoso para todos nós vê-la piorar durante a novela. Eu tinha que poupá-la fisicamente e já não podia escrever cenas externas para ela. Chegamos a consultar o médico se não seria o caso de afastá-la, mas ele disse: ‘Pelo contrário! Vocês devem mantê-la, porque, quando acabar a novela, ela vai morrer’”, relembrou Lombardi no livro Autores, Histórias da Teledramaturgia.

A previsão, tristemente, se concretizou. Dina concluiu sua participação em fevereiro de 1989, e no mês seguinte, em março, faleceu aos 50 anos.

Legado de talento e resistência que marcou a TV brasileira

Além de sua trajetória artística brilhante, Dina ficou marcada por sua resistência e determinação em continuar trabalhando mesmo quando a saúde já estava gravemente comprometida. Sua postura inspirou colegas e emocionou o público, que a acompanhava sem imaginar a gravidade da situação.

O legado da atriz segue vivo através de suas obras, hoje disponíveis no Globoplay, e na memória afetiva de quem cresceu assistindo às suas interpretações marcantes. Dina Sfat não apenas ajudou a escrever a história da teledramaturgia brasileira, mas também deixou um exemplo de força e amor pela arte.

Até hoje, sua carreira é lembrada com respeito e admiração, sendo considerada um ícone da televisão e uma inspiração para novas gerações de atores.

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