Casos de desaparecimento sempre deixam marcas profundas, tanto nas famílias quanto na sociedade, afinal, a incerteza sobre o paradeiro de alguém é uma das situações mais dolorosas que se pode enfrentar.
No Paraná, quatro homens sumiram no início de agosto e, até hoje, a solução do mistério ainda parece distante. O episódio ganhou contornos ainda mais graves após novas descobertas que levantam suspeitas de um crime planejado e com participação de mais pessoas.
Desde o desaparecimento, a investigação tem revelado detalhes que apontam para algo maior do que um simples conflito. Isto é, não se trata apenas de um encontro mal resolvido, mas de uma trama que pode envolver vários participantes. A cada nova informação, cresce o sentimento de angústia entre familiares e amigos, que aguardam por respostas concretas.
Foi nesse contexto que os familiares das vítimas resolveram se pronunciar publicamente. A advogada que os representa deixou claro que, a saber, a família acredita na participação de mais pessoas além dos dois principais suspeitos que estão foragidos. Ou seja, na visão deles, o caso não se resume apenas aos nomes já citados nas investigações.
As suspeitas da família e as novas descobertas no caso
Segundo a advogada Josiane Monteiro, que atua na defesa de dois desaparecidos, já existem indícios suficientes para acreditar que um grupo maior participou da ação. Ela destacou que, com base nos calibres encontrados, ao menos quatro pessoas estariam envolvidas, mas que certamente outras fizeram parte dessa engrenagem criminosa.
A desconfiança aumentou ainda mais após a descoberta de uma picape branca, veículo usado pelas vítimas, encontrado enterrado em um bunker na cidade de Icaraíma. O carro apresentava marcas de tiros e vestígios de sangue, reforçando a hipótese de um homicídio premeditado. A fim de ampliar as investigações, a Polícia Civil também localizou outro veículo no local, um Fiat Strada com placas adulteradas, e prendeu o motorista.
No entanto, a polícia ainda não confirmou se esse homem tem relação direta com o desaparecimento. Isto é, trata-se de uma prisão importante, mas que, até agora, não trouxe respostas definitivas sobre onde estão os quatro homens. Enquanto isso, as buscas continuam em ritmo intenso na região.
Quem são as vítimas e os principais suspeitos
Os desaparecidos foram identificados como Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza. Desde o dia 5 de agosto, não há notícias oficiais sobre o paradeiro deles. A viagem para a região teria como objetivo cobrar uma dívida de R$ 255 mil de dois fazendeiros locais.
Esses fazendeiros, Antonio e Paulo Buscariollo, pai e filho, são apontados como os principais suspeitos. Ambos seguem foragidos e são procurados pela polícia, que intensificou as buscas após encontrar projéteis em uma propriedade ligada às vítimas. Ou seja, os indícios reforçam a possibilidade de que esse tenha sido o cenário do crime.
A cada nova descoberta, a pressão por respostas aumenta. A família, ao se pronunciar, demonstrou claramente que não acredita em uma ação isolada. Para eles, o desaparecimento e possível morte dos homens só podem ser explicados por uma operação criminosa bem articulada, envolvendo mais pessoas do que o imaginado inicialmente.
