A missão de resgate foi marcada por dificuldade extrema. O acesso ao ponto onde Juliana Marins caiu exigiu cordas, força e coragem dos socorristas.
Ao alcançarem a cratera, o que encontraram silenciou até os mais experientes. Juliana estava encolhida, deitada de lado, como se ainda esperasse ser salva.
Não havia sinais de violência. Apenas o corpo já sem vida, pálido, coberto de poeira vulcânica e vestígios de chuva fina. Uma imagem que partiu corações.

Um último pedido antes do fim
Relatos indicam que Juliana ficou consciente por algumas horas após a queda. Ela pediu água e comida ao guia, num sinal claro de que ainda resistia.
O guia, ao descer em busca de ajuda, demorou horas até conseguir acionar o resgate. Nesse tempo, Juliana permaneceu sozinha, enfrentando frio, dor e medo.
Ela teria gravado um vídeo com a lanterna do celular antes de perder a consciência. No registro, agradece a Deus pela vida e diz que ama a família.

Um resgate que virou comoção mundial
Quando o corpo foi retirado, dezenas de pessoas assistiram em silêncio. Flores foram deixadas ao redor da trilha, e muitos caíram em prantos.
O pai de Juliana, que viajou até a Indonésia, não chegou a tempo de vê-la com vida. Seu abraço ficou guardado apenas nas lembranças e orações.
Agora, o corpo da jovem aguarda translado ao Brasil. A comoção nas redes sociais mobilizou milhares, inclusive o ex-jogador Alexandre Pato, que se ofereceu para ajudar.