Homem Visita Túmulo de Arlindo Cruz e Se Assusta Ao Ver Pedaç…Ver mais
O Brasil amanheceu em luto nesta penúltima sexta-feira, 8 de agosto de 2025. Arlindo Cruz, um dos maiores nomes da história do samba, faleceu aos 66 anos no Rio de Janeiro. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos, após complicações decorrentes de um AVC sofrido em 2017.
Desde maio, Arlindo estava internado no Hospital Barra D’Or, onde enfrentava uma série de agravamentos em seu estado de saúde. O cantor já havia sido hospitalizado várias vezes ao longo dos últimos anos, mas, desta vez, não resistiu.
A notícia foi recebida com imensa tristeza por familiares, artistas e fãs. O país perdeu não apenas um músico, mas um verdadeiro símbolo cultural que atravessou gerações.
Uma trajetória de superação e amor ao samba
Arlindo Cruz enfrentou uma batalha marcada por fé e resistência. Após o AVC hemorrágico em 2017, ele passou a viver com limitações severas, como traqueostomia e alimentação por sonda. Ainda assim, seu nome jamais saiu das rodas de samba e da memória popular.
Mesmo longe dos palcos, Arlindo continuava sendo homenageado por artistas e escolas de samba. Em 2025, uma infecção bacteriana agravou ainda mais seu quadro, culminando na internação definitiva.
Durante todos esses anos, sua família foi fundamental no cuidado e na preservação de seu legado. O carinho dos fãs também foi essencial para manter viva sua importância na cultura brasileira.
A cada aparição pública ou homenagem, era possível ver a força do laço entre o artista e seu público.
Legado imortal na música brasileira
Arlindo Cruz nasceu em Madureira e começou sua carreira no Cacique de Ramos, berço de grandes nomes do samba. Foi integrante do Fundo de Quintal e autor de mais de 700 composições.
Clássicos como “Meu Lugar”, “O Show Tem Que Continuar” e “O Bem” tornaram-se hinos do gênero. Sua música sempre carregou poesia, ancestralidade, religiosidade e brasilidade em cada acorde.
Foi indicado ao Grammy Latino e reverenciado por escolas de samba como a Mangueira e o Império Serrano. Seu talento transcendia o microfone e alcançava a alma.
Sua obra permanece viva como referência indiscutível no cenário musical brasileiro.
Comoção nacional e despedida calorosa
A morte de Arlindo gerou uma onda de homenagens por todo o país. Artistas interromperam shows, escolas de samba prestaram tributos, e as redes sociais foram tomadas por mensagens de carinho.
O cantor Roberto Carlos dedicou aplausos ao amigo em pleno show, e o grupo Fundo de Quintal declarou que Arlindo foi o homem que “viveu o samba”.
Em nota oficial, a família agradeceu o apoio e definiu Arlindo como um homem de fé, alegria e generosidade. Arlindinho, seu filho, emocionou o país ao dizer que o pai lutou como uma fortaleza até o fim.
Arlindo Cruz não apenas fez parte da história do samba. Ele é a história do samba.