O acidente com um balão em Praia Grande (SC), no dia 21 de junho, chocou o Brasil. Um incêndio irrompeu no cesto e o cenário virou desespero no ar. O balão abrigava 21 pessoas — um piloto e 20 passageiros.
Imediatamente, o piloto reduziu altitude e gritou para que todos saltassem. Muitos conseguiram, mas alguns não alcançaram a abertura e continuaram no balão em chamas.
Quem saltou viu uma cena de horror. Testemunhas relataram pessoas pulando em chamas, enquanto o balão subia, perdido sem peso, antes de despencar de vez.

Um ápice de medo e coragem
O balão caiu próximo a um posto de saúde na comunidade de Cachoeira do Bom Jesus. Ao todo, oito pessoas morreram — quatro queimadas dentro do cesto, quatro após a queda.
Treze sobreviveram, com cinco levados ao hospital; dois com queimaduras graves, os demais com escoriações e dores traumáticas.
O piloto, sob investigação, disse que o fogo começou num maçarico aceso no cesto e que, ao orientar o salto, salvou quem conseguiu pular. Mas os que não pularam ficaram presos no fogo.

Ecos do drama no país
A imprensa internacional chamou a tragédia de “cena desesperadora” e destacou o feito como o mais letal desde o acidente no Texas, em 2016.
Autoridades iniciaram sindicância com a Polícia Civil, Polícia Científica, CENIPA e ANAC — que lembrou que balonismo é atividade de “alto risco” e não regulamentada em voos turísticos .
O governador de SC decretou luto oficial de três dias, e Lula manifestou condolências, colocando o governo à disposição das vítimas.