A morte de Preta Gil, aos 50 anos, no último domingo (20), deixou o país em luto e sua família diante de uma nova responsabilidade: administrar uma herança avaliada em mais de R$ 20 milhões.
O patrimônio da artista envolve não só bens físicos, mas também ativos complexos como direitos autorais, participações empresariais e redes sociais.
Filha de Gilberto Gil, Preta construiu uma trajetória sólida na música, na televisão e no mundo dos negócios. Ela era sócia de empresas, tinha contratos de publicidade, lucros com royalties musicais e uma presença digital valiosa, que seguirão gerando receita por muitos anos.
De acordo com a legislação brasileira, o único filho da artista, Francisco Gil, de 30 anos, é o herdeiro necessário de todo esse legado. Caso haja testamento, a parte disponível poderá ser direcionada a outros beneficiários, como sua mãe ou neta.
Francisco será responsável pelo legado artístico da mãe
Francisco, fruto do relacionamento com o ator Otávio Müller, herdará integralmente o patrimônio da cantora, incluindo os direitos sobre suas obras musicais.
Conforme a Lei de Direitos Autorais, esse tipo de conteúdo pode gerar receita por até 70 anos após a morte do artista.
Além disso, o filho também passa a ocupar o lugar de Preta na linha sucessória de Gilberto Gil. Isso significa que, no futuro, terá direito à parte da herança do avô, ao lado dos seis tios. Preta era a quarta dos oito filhos do cantor baiano.
Francisco, que também atua como músico, terá agora o desafio de preservar e administrar o acervo artístico da mãe, incluindo imagem, marcas, canais digitais e contratos que seguirão ativos.
Participações empresariais exigem avaliação legal
Preta Gil era sócia da Mynd, uma das maiores agências de marketing de influência do país. Nesse tipo de negócio, a sucessão depende do que está previsto no contrato social. Caso o estatuto permita, Francisco poderá assumir as quotas da mãe.
Se houver impedimentos legais, a participação será avaliada e o valor correspondente repassado ao herdeiro. Advogados destacam ainda que artistas costumam ter empresas voltadas à gestão de seus direitos autorais, o que exige atenção aos trâmites jurídicos internos.
Especialistas reforçam a importância do planejamento sucessório para figuras públicas, principalmente quando o patrimônio envolve bens imateriais e valor artístico.
