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A maneira que foram encontrados os corp0s dos 4 homens desaparecidos deixou até a polícia em choq… Ver Mais

O estado do Paraná amanheceu em choque na sexta-feira, 19 de setembro, após a confirmação da morte de quatro homens desaparecidos desde agosto. A tragédia, que rapidamente repercutiu em todo o país, expôs um enredo de dívida, emboscada e execução, envolvendo a cidade de Icaraíma, no noroeste paranaense. O que começou como uma viagem de negócios terminou de forma brutal em um cenário de violência e ocultação de cadáveres.

As vítimas — Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza — saíram de São José do Rio Preto, em São Paulo, no dia 4 de agosto. O objetivo era cobrar uma dívida de R$ 255 mil referente à venda de uma propriedade rural. Alencar, vendedor do imóvel, contratou os outros três, que já atuavam como cobradores, para intermediar a negociação.

No entanto, o que seria apenas uma formalidade se transformou em um pesadelo. Segundo a Polícia Civil, os quatro foram vistos pela última vez em 5 de agosto, quando retornaram à propriedade para finalizar a cobrança. A partir desse dia, não houve mais contato, e o desaparecimento abriu caminho para uma das investigações mais chocantes da região.

A descoberta dos corpos em mata fechada

Após mais de quarenta dias de buscas intensas, a resposta surgiu de maneira inesperada. Uma carta anônima, enviada à família de uma das vítimas, indicava o local exato onde os corpos estavam enterrados. A polícia seguiu as informações e encontrou os homens em uma área de difícil acesso, a cerca de 500 metros do local onde o veículo deles havia sido abandonado dentro de um bunker subterrâneo, coberto por lona e com marcas de sangue e tiros.

A perícia apontou sinais claros de violência: perfurações por arma de fogo e indícios de execução à queima-roupa. Junto aos corpos estavam roupas e objetos pessoais, o que auxiliou na identificação. O achado confirmou os piores temores das famílias, que até então ainda mantinham alguma esperança de reencontrar os entes vivos.

Os principais suspeitos, Antônio Buscariollo, de 66 anos, e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22, foram apontados como responsáveis. Pai e filho, ambos ligados à dívida, prestaram depoimento, mas fugiram logo após serem ouvidos pela polícia. Desde então, permanecem foragidos, e a Justiça já decretou suas prisões temporárias.

Dor, indignação e um país em alerta

A confirmação da morte das vítimas mergulhou famílias e amigos em um luto profundo. A advogada Josiane Monteiro Bichet, representante de duas das esposas, declarou que tudo indica uma emboscada premeditada. Segundo ela, a execução foi brutal: tiros disparados diretamente no rosto das vítimas, reforçando a intenção de eliminar qualquer chance de sobrevivência.

A comoção nacional também trouxe à tona discussões sobre segurança em áreas rurais e os riscos enfrentados por quem atua em negociações de dívidas. A crueldade do crime mobilizou a opinião pública e aumentou a pressão sobre as autoridades para que os culpados sejam rapidamente localizados e punidos.

Mais do que um caso policial, a tragédia expõe a face de uma violência silenciosa que ainda persiste longe dos grandes centros urbanos. Enquanto as famílias buscam forças para enfrentar a dor da perda, o país acompanha com atenção cada passo da investigação, na esperança de que a justiça prevaleça e sirva de resposta diante de tamanha brutalidade.

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