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Médica é Agredid4 Por N4morad0 Após Negar Fazer Se…ver mais

O dia 14 de julho de 2025 deveria ser de comemoração para a médica Samira Khouri, que completava 27 anos em São Paulo. Porém, a noite de festa se transformou em um episódio de violência extrema. Dentro de um apartamento alugado no bairro de Moema, a jovem foi brutalmente agredida pelo então namorado, o fisiculturista Pedro Camilo Garcia Castro, em um ataque que durou cerca de seis minutos e deixou sequelas irreversíveis.

A violência e as marcas deixadas pelo ataque

As agressões atingiram em cheio o rosto de Samira, provocando fraturas no crânio e na face, além da perda de 50% da visão de um dos olhos. Ela também ficou com

paralisia facial no lado esquerdo, o que comprometeu funções simples como sorrir e mastigar. Para sobreviver, precisou passar por cirurgias de reconstrução, incluindo a colocação de placas de titânio para estabilizar os ossos quebrados.

Pedro Camilo Garcia, agressor da médica Samira

A médica permaneceu 12 dias na UTI, em estado grave, e hoje depende do auxílio da mãe para caminhar. Enquanto isso, o agressor fugiu, mas acabou preso em flagrante em Santos, dirigindo o carro da vítima. A Justiça converteu a prisão em preventiva, destacando a brutalidade incomum do ataque e o risco de reincidência.

O caso, rapidamente divulgado pela imprensa, causou indignação nacional e reforçou a gravidade da violência contra mulheres no Brasil, que continua a apresentar números alarmantes.

O silêncio quebrado e a força de uma sobrevivente

Mais de um mês após o crime, Samira decidiu falar publicamente sobre o que viveu. Em entrevista ao programa Fantástico, relatou os minutos de terror e o impacto das agressões em sua vida pessoal e profissional. “Durante as agressões, o Pedro quebrou todas as estruturas que seguram o meu globo ocular. Eu não consigo mais sorrir. Senti a vida indo embora”, disse.

Samira Khouri durante depoimento sobre as agressões

Samira também levantou uma reflexão dolorosa: os golpes se concentraram no rosto, deixando sequelas visíveis. “Ele queria me desfigurar? Queria deixar uma marca? Não sei, mas me faz pensar. Por que ele escolheu só o meu rosto?”, questionou.

Ao romper o silêncio, a médica transformou sua dor em denúncia e passou a ser porta-voz de milhares de mulheres que enfrentam a mesma violência, mas que muitas vezes permanecem invisíveis diante da sociedade e do Estado.

Um caso que expõe falhas e reforça a luta contra feminicídio

O ataque contra Samira reacendeu o debate sobre a eficácia das políticas públicas de combate à violência contra a mulher. Mesmo com avanços legais, como a Lei Maria da Penha e a tipificação do feminicídio, o país ainda enfrenta índices alarmantes de agressões e mortes femininas em contextos domésticos.

Especialistas apontam a urgência em ampliar a rede de proteção, oferecendo acesso rápido a medidas protetivas, atendimento psicológico e jurídico, além de campanhas educativas que combatam a cultura machista e a impunidade.

A história de Samira não é apenas a de uma vítima, mas também a de uma sobrevivente que escolheu expor sua realidade para impedir que outras mulheres passem pelo mesmo. Sua coragem se torna símbolo de resistência e alerta para a sociedade: a luta contra o feminicídio é urgente e precisa ser constante.

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