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Médico do IML Explica Porque C0rpo de Preta Gil Estava Com Mau Cheiro Durante Vel…Ver mais

A morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, causou comoção em todo o país. O falecimento ocorreu em Nova York, onde ela realizava um tratamento contra um câncer colorretal em estágio avançado. Após sua partida, surgiram relatos que chamaram atenção durante o processo de repatriação de seu corpo.

O principal deles envolveu a presença de um odor corporal acentuado, observado por algumas pessoas próximas ao translado.

A situação gerou dúvidas sobre o que poderia ter provocado esse quadro e trouxe à tona questionamentos delicados, mas necessários, sobre os efeitos clínicos de doenças em estágio terminal.

Médicos do Instituto Médico Legal (IML) foram consultados para esclarecer as possíveis causas. Segundo os especialistas, existem explicações técnicas e biológicas que ajudam a compreender o que ocorreu nesse momento de tanta dor.

Câncer avançado e necrose tecidual

O câncer colorretal enfrentado por Preta Gil estava em estágio terminal, com metástases em regiões como peritônio, linfonodos e ureter. Quando a doença se espalha dessa forma, o organismo passa a sofrer um colapso sistêmico, e tecidos podem entrar em processo de necrose, ou seja, morrer por falta de irrigação ou infecção.

Esse tipo de necrose libera compostos que geram odores intensos. Além disso, o corpo já havia sido submetido a uma série de intervenções cirúrgicas complexas, incluindo uma que durou mais de 20 horas, agravando ainda mais a vulnerabilidade do organismo.

Mesmo antes do falecimento, esse quadro já poderia provocar alterações perceptíveis no odor corporal. Após a morte, os processos naturais de decomposição também iniciam, ainda que controlados por métodos de preservação durante a repatriação.

Portanto, segundo os médicos legistas, trata-se de uma consequência clínica comum em casos de doenças terminais, especialmente com comprometimento múltiplo de órgãos e tecidos.

O papel do IML na repatriação e transporte do corpo

Em mortes ocorridas no exterior, o IML acompanha o processo de repatriação para garantir a integridade do corpo e confirmar a causa do óbito. Em casos como o de Preta Gil, em que há envolvimento de tratamentos complexos, o risco de alterações corporais é maior.

Medicamentos experimentais, quimioterapias e cirurgias invasivas podem deixar sequelas físicas mesmo após a morte. A soma desses fatores, aliada ao tempo de transporte internacional, pode intensificar odores mesmo com procedimentos de conservação.

Médicos explicam que, embora isso cause estranhamento ao público, é uma condição esperada em contextos clínicos tão avançados. Ressaltam ainda que o odor não é sinônimo de desleixo ou descuido, mas sim parte do processo biológico natural em casos extremos.

A compreensão desse aspecto pode ajudar a reduzir julgamentos e especulações infundadas que acabam desrespeitando a memória da pessoa falecida.

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