Um dia que era pra ser só de alegria quase terminou em tragédia no Distrito Federal. Uma menina de apenas 11 anos viveu momentos de terror ao ser sugada pelo ralo de uma piscina durante uma festa de aniversário. O caso aconteceu no último sábado (12), na Chácara do Vaqueiro, na região do Sol Nascente, e deixou todos que estavam no local em estado de choque.
Festa virou desespero em segundos: “Ela tava se debatendo debaixo d’água”
A mãe da criança contou à Polícia Civil que alugou a chácara para comemorar o aniversário em família. Em certo momento, sua filha decidiu entrar na piscina de adultos. Minutos depois, a diversão deu lugar ao desespero. O cabelo da menina foi puxado com força por um buraco de sucção da piscina, e ela ficou presa debaixo d’água. Segundo testemunhas, ela chegou a se debater e engolir água antes de alguém perceber que algo estava errado.
Uma amiga viu e gritou: “Ela tá se afogando!”
Foi uma amiga da vítima quem primeiro percebeu que a menina estava submersa por tempo demais. Ela se aproximou e, ao ver que a colega não se movia, começou a gritar desesperadamente. Outros convidados correram para ajudar e tentaram puxar a criança, mas o ralo não a soltava. O desespero tomou conta de todos. Ninguém entendia como desligar a máquina de sucção.
Cena desesperadora: cortaram o cabelo com faca para salvar a vida dela
Com a máquina de sucção ainda funcionando e o tempo correndo contra a vida da menina, a única solução foi extrema: uma faca foi usada para cortar o cabelo que estava preso. Só assim conseguiram libertá-la. “Se tivessem demorado mais um pouco, ela não teria voltado”, disse uma testemunha. A menina apresentava sinais claros de princípio de afogamento e estava extremamente abalada.
Responsável pela chácara demorou a desligar a máquina
Outro ponto que gerou revolta foi a atitude — ou a falta dela — do responsável pelo local. Segundo os presentes, ele não sabia como desligar o sistema da piscina e demorou minutos preciosos para conseguir ajuda. Esse atraso, segundo os familiares, poderia ter custado a vida da criança. A mãe, que não estava perto da piscina no momento, ficou em choque ao saber do ocorrido.
Caso é investigado e pode dar cadeia
A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando o caso como lesão corporal culposa, ou seja, quando há negligência, mas sem intenção de machucar. A perícia já foi solicitada e, dependendo do laudo, o dono da chácara pode responder judicialmente. Especialistas alertam: piscinas devem ter grades de proteção nos ralos e sistemas de desligamento de emergência — o que, aparentemente, não existia no local do acidente.
