A tranquilidade de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, foi abalada neste mês por dois episódios intrigantes. Em menos de uma semana, três pessoas foram encontradas mortas em motéis da cidade, em circunstâncias ainda não explicadas. A sequência de ocorrências acendeu o alerta das autoridades e trouxe inquietação para moradores e comerciantes da região.
O primeiro registro ocorreu no sábado, 13 de setembro, quando um casal, ele com 47 anos e ela com 33, deu entrada em um estabelecimento. Horas depois, funcionários desconfiaram da falta de movimentação no quarto e acionaram a polícia. Ao entrarem no local, os agentes encontraram os dois já sem vida, sem sinais evidentes de violência.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado como morte suspeita. Exames periciais foram solicitados e os corpos encaminhados para o Instituto Médico Legal, que ainda trabalha para determinar as causas da morte. Até o momento, não há indícios de crime, mas a similaridade com outro episódio posterior aumentou as suspeitas.
A segunda ocorrência e novos desdobramentos
No sábado seguinte, dia 20 de setembro, mais um chamado mobilizou policiais em Mogi das Cruzes. Desta vez, a vítima foi um homem de 44 anos que havia chegado a um motel no bairro Jundiapeba, dirigindo um Fiat Palio. Ele estava acompanhado de um casal ainda não identificado, que deixou o local cerca de uma hora depois, a pé e sem pagar a conta.
Preocupados com a ausência de resposta do quarto, funcionários usaram uma chave reserva para entrar. Foi nesse momento que encontraram o homem desacordado, já sem sinais vitais. O Corpo de Bombeiros foi chamado e tentou reanimar a vítima, mas o óbito foi confirmado. Assim como no primeiro caso, não havia marcas aparentes de violência.
O veículo utilizado pela vítima foi apreendido para perícia, enquanto a Polícia Civil iniciou buscas para identificar o casal que deixou o local às pressas. O caso foi registrado como morte suspeita e também como apreensão de veículo na Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes. A hipótese de envolvimento de terceiros é avaliada com cautela, e o mistério sobre as causas ainda permanece.
Investigações em andamento e clima de apreensão
Com os dois episódios em intervalo tão curto, cresce a expectativa em torno dos laudos do Instituto Médico Legal e do Instituto de Criminalística, que devem esclarecer se houve ingestão de substâncias, intoxicação ou outro fator determinante. As análises são fundamentais para apontar se os casos possuem relação entre si ou se foram ocorrências isoladas.
Enquanto aguardam as conclusões, as autoridades reforçam que nenhuma linha de investigação está descartada. A possibilidade de mortes acidentais é considerada, mas a presença de terceiros em pelo menos um dos episódios amplia o campo de apuração. O silêncio em torno dos detalhes só aumenta a curiosidade e a apreensão.
A população de Mogi das Cruzes acompanha de perto os desdobramentos. Para muitos, o fato de três pessoas terem perdido a vida em estabelecimentos semelhantes, em tão pouco tempo, é motivo de preocupação. Mais do que coincidência, os episódios lançam um enigma que as investigações precisam solucionar, a fim de trazer respostas às famílias e tranquilidade à cidade.
