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Mulher m0rre de forma assust4d0ra, ass4ssino seria seu próprio… Ler mais

Na manhã da última segunda-feira (1º), moradores do bairro Saco Grande, em Florianópolis, foram surpreendidos por uma tragédia que deixou a cidade em luto. Suzana Perez Valério, de 47 anos, foi encontrada morta dentro de sua residência. O principal suspeito é seu companheiro, de 30 anos, que fugiu após o crime e permanece foragido.

A morte de Suzana reacendeu discussões sobre a violência contra a mulher no Brasil, especialmente em Santa Catarina, estado que tem registrado índices alarmantes de feminicídios nos últimos anos. Amigos, vizinhos e familiares se mostraram profundamente abalados, reforçando o clima de consternação que tomou conta da comunidade local.

Segundo a Polícia Civil, diligências já foram iniciadas para capturar o suspeito. A expectativa é que a prisão preventiva seja decretada e que ele responda pelo crime, investigado oficialmente como feminicídio.

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O perfil da vítima, do agressor e os sinais ignorados

Suzana era natural de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e havia se mudado para Florianópolis há cerca de cinco anos. Mãe de três filhos, ela tentava reconstruir a vida após dificuldades pessoais, mas familiares relatam que vivia em constante medo devido ao comportamento agressivo do companheiro.

O suspeito, também gaúcho, saiu da prisão há apenas três meses, depois de cumprir pena por um crime semelhante. Com mais de 20 boletins de ocorrência por violência contra mulheres, ele já havia sido alvo de medidas protetivas solicitadas por Suzana, mas o pedido foi retirado em abril de 2025.

Esse histórico reforça a vulnerabilidade em que a vítima se encontrava. Apesar dos alertas e da reincidência do agressor, os mecanismos de proteção falharam em evitar a tragédia, mostrando que a violência doméstica continua sendo um desafio estrutural para as autoridades.

A escalada dos feminicídios e o clamor por justiça

De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, somente até agosto de 2025, 29 mulheres foram mortas vítimas de feminicídio no estado. Esses números refletem a gravidade da situação e a urgência de políticas públicas mais efetivas no combate à violência de gênero.

A morte de Suzana repercutiu fortemente nas redes sociais, com mensagens de indignação e cobranças por medidas mais rigorosas contra agressores reincidentes. Familiares organizaram uma vaquinha online para custear o traslado do corpo até Pelotas, onde foi realizado o velório, marcado por dor e homenagens.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI). Para especialistas, o feminicídio de Suzana simboliza a necessidade de mudanças urgentes: garantir que medidas protetivas sejam efetivas, fortalecer ações preventivas e oferecer maior apoio às vítimas em situação de risco.

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