Mulher perde a vid4 na frente do filho pequeno; ‘Ela foi esq… Ver mais
A cidade de Colatina, no Espírito Santo, amanheceu em choque após a morte trágica de Ana Gabrielly Rodrigues do Amaral, de 20 anos. Integrante da comunidade cigana, a jovem foi assassinada a tiros no último domingo (31), enquanto segurava o filho de apenas três anos nos braços.
O crime, marcado pela brutalidade, gerou grande comoção entre moradores e acendeu alertas sobre a violência contra a mulher.
De acordo com a Polícia Civil, o principal suspeito é o companheiro da vítima, Romano Aparecido do Amaral, que fugiu do local levando a criança.
O caso é investigado como feminicídio pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Colatina. Até o momento, buscas seguem em andamento para localizar o suspeito e garantir a segurança do menino.
A tragédia não apenas interrompeu a vida de uma jovem mãe, mas também deixou uma comunidade inteira mergulhada em dor. A sensação de insegurança e revolta tomou conta das ruas, evidenciando o quanto a violência doméstica continua a ser um problema grave no Brasil.

Histórico de agressões e a luta silenciosa de Ana Gabrielly
As primeiras investigações apontam que a vítima já havia enfrentado episódios de violência doméstica. Segundo a madrasta, Vera Lúcia da Silva, Ana Gabrielly foi agredida ainda durante a gravidez. Apesar das dificuldades, a jovem se dedicava integralmente ao filho, que tem necessidades especiais e exige cuidados contínuos de saúde.
Esse contexto de vulnerabilidade reforça a gravidade do caso. A vítima não trabalhava e dependia financeiramente do companheiro, situação que dificultava uma ruptura definitiva da relação. Ainda assim, pessoas próximas relataram que ela planejava retornar a Minas Gerais, sua terra natal, para tentar reconstruir a vida longe do relacionamento abusivo.
O delegado responsável pela investigação destacou que o histórico de conflitos conjugais é um elemento-chave para entender a motivação do crime. A suspeita é de que a decisão da jovem em se afastar tenha sido o estopim para a tragédia registrada em Colatina.
Busca pelo suspeito e despedida marcada por dor
Após o crime, o suspeito fugiu levando a criança, o que aumentou a apreensão entre familiares e autoridades. A Polícia Civil trabalha com diferentes hipóteses, inclusive a participação de terceiros na fuga. Equipes seguem mobilizadas para localizar Romano e garantir que o menino esteja em segurança.
Enquanto isso, familiares se despediram de Ana Gabrielly em um sepultamento realizado em Minas Gerais na terça-feira (2). O enterro foi marcado por comoção, com homenagens que destacaram a dedicação da jovem ao filho e sua luta silenciosa contra a violência doméstica.
A morte precoce de Ana reacende o debate sobre a necessidade de reforçar políticas públicas de proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade. O caso deixa claro que a violência de gênero continua ceifando vidas e que é urgente ampliar mecanismos de denúncia, acolhimento e segurança para evitar novas tragédias.



 
						




