Uma onça-pintada, suspeita de matar e devorar o caseiro Jorge Ávalos, teria enfrentado uma batalha violenta semanas antes do incidente.
Segundo o biólogo Gediendson Ribeiro de Araújo, da UFMS, o animal apresentava marcas de luta com outro macho da região.
A Batalha que Enfraqueceu o Predador
As feridas não eram recentes—pelo estado de cicatrização, a luta ocorreu há semanas. Onças machos frequentemente brigam por território, e os ferimentos podem debilitá-las, reduzindo sua capacidade de caça. Enquanto se recuperam, ficam mais vulneráveis.
O dono do pesqueiro onde Jorge trabalhava já havia relatado confrontos entre onças na área. A vítima, inclusive, comentou sobre esses embates antes do trágico desfecho.
O Preço da Sobrevivência na Selva
Machucadas, as onças perdem agilidade e podem desenvolver infecções, levando à perda de peso.
Não se sabe se a onça que atacou Jorge venceu ou recuou na briga—muitas vezes, um dos animais cede antes que a luta se torne mortal.
Natureza Intocada, Mas Não Menos Perigosa
A região é uma floresta protegida, sem desmatamento ou caça predatória.
A polícia ambiental mantém uma base próxima, e o acesso só é possível por barco. Ou seja: a onça não estava faminta por falta de presas—sua fraqueza veio de um conflito natural.
O caso revela o lado selvagem e imprevisível da natureza. Mesmo em áreas preservadas, a luta pela sobrevivência pode ter consequências trágicas—para animais e humanos.
Um Alerta sobre a Coexistência
O incidente serve como lembrete: em territórios de predadores, o equilíbrio é frágil. Quando uma onça é ferida, seu comportamento muda—e o risco de ataques atípicos aumenta. A natureza, por mais bela, nunca perde sua ferocidade.