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Pastor Tira A Vid4 De Mulher Trans Em Um Motel, Ele Pegou E Intr0duziu Um… Ver Mais

O Ministério Público de São Paulo denunciou o pastor e engenheiro de 45 anos acusado de matar Luane Costa da Silva, mulher trans baiana de 27 anos, encontrada morta em um motel de Santos. Embora o crime tenha ocorrido há alguns meses, o assunto voltou a ganhar espaço nas redes e entre veículos locais, reforçando a importância de relembrar cada detalhe da investigação. A denúncia, apresentada no fim de outubro, aponta homicídio duplamente qualificado, considerando motivo fútil e morte por asfixia.

A vítima foi localizada em um quarto de motel no bairro Vila Mathias após permanecer cerca de 30 minutos no local com o suspeito. Em depoimento, o pastor afirmou ter se envolvido em uma luta corporal com Luane após desistir de um programa e ela solicitar valores adicionais por transferência bancária. Mesmo com a narrativa inicial apresentada, o MP-SP concluiu que houve violência intencional capaz de levar à morte.

A repercussão recente reacende discussões sobre violência contra pessoas trans e a necessidade de acompanhar o desfecho do processo. Nos meses seguintes ao crime, grupos de direitos humanos insistiram na importância de manter o caso em evidência, já que episódios semelhantes muitas vezes caem no esquecimento público.

A acusação formal é vista como etapa essencial para garantir que o assassinato seja julgado dentro do rigor previsto em lei. A lembrança do caso, mesmo após o tempo decorrido, reforça a necessidade de visibilidade para crimes motivados por intolerância, discriminação ou vulnerabilidades sociais.

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Prisão preventiva é mantida após audiência

O Tribunal de Justiça de São Paulo converteu a prisão em flagrante do pastor em prisão preventiva ainda no mês do crime, medida que permanece válida até hoje. Segundo especialistas, a decisão busca garantir a segurança do processo, evitar interferências e preservar a ordem pública. A audiência de custódia analisou as circunstâncias da prisão e concluiu que medidas alternativas não seriam suficientes.

Embora o episódio tenha ocorrido meses atrás, a retomada das discussões nas redes ajudou a esclarecer novamente o significado da prisão preventiva. O advogado ouvido na época explicou que a medida não é uma punição antecipada, mas sim uma forma de impedir riscos ao andamento do processo.

O Ministério Público reforçou que as qualificadoras apresentadas indicam gravidade e que o contexto do crime exige continuidade da prisão. A vítima foi encontrada esganada, e o laudo de necropsia reforçou sinais de asfixia.

A lembrança pública do caso, que voltou a gerar comentários em grupos de notícias e páginas informativas, mantém o debate sobre o sistema de proteção às mulheres trans e a necessidade de respostas rápidas diante de crimes violentos.

Depoimento, contradições e impacto na investigação

Em seu depoimento, o pastor afirmou ter conhecido Luane enquanto dirigia pela Avenida Senador Feijó. Relatou que ela teria oferecido um programa, inicialmente aceito por ele, mas desistido dentro do quarto ao descobrir que era uma mulher trans. Segundo seu relato, a recusa teria levado à discussão e posteriormente à briga.

O suspeito alegou que Luane teria segurado a chave do quarto e exigido mais dinheiro, além de citar o uso de uma arma de choque durante a confusão. Ele descreveu ter caído sobre ela no chão e só percebido o estado da vítima quando notou o “braço mole”. A versão, entretanto, apresentou inconsistências apontadas pela investigação.

Testemunhas afirmaram que o homem deixou o motel sozinho logo após o ocorrido e que retornou apenas para buscar o celular esquecido, momento em que foi detido. A polícia também ouviu relatos de que objetos foram descartados pelo suspeito antes da chegada das autoridades.

A família de Luane, que mora na Bahia, reforçou desde o início que ela buscava reorganizar a vida em Santos e se estabelecer na cidade. O resgate dessa história, mesmo meses depois, reacende a necessidade de visibilidade às vítimas trans e às circunstâncias que as colocam em risco. A relembrança constante contribui para manter o caso vivo na memória pública e cobrar justiça.

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