O ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, preso após agredir brutalmente a namorada dentro de um elevador, denunciou ter sido vítima de agressões físicas dentro da Cadeia Pública de Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte. Ele afirma que os abusos ocorreram logo após sua transferência para o local.
A prisão do ex-atleta aconteceu após a divulgação de um vídeo que mostrava mais de 60 socos desferidos contra a vítima em um condomínio de Natal. O caso gerou forte repercussão pública e pressão por justiça, o que resultou na detenção imediata do agressor.
Ao ser levado para a nova unidade prisional, Igor solicitou uma cela especial, alegando necessidade de proteção. No entanto, segundo ele, o tratamento recebido foi completamente diferente do esperado.
Igor relata agressões e maus-tratos dentro do presídio
De acordo com o depoimento formalizado por Igor na Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal, os abusos começaram logo após sua chegada à Cadeia Pública Dinorá Simas. Ele teria sido mantido nu, algemado e isolado em uma cela por tempo indeterminado.
Ainda segundo o relato, o ex-atleta foi alvo de agressões físicas intensas, que incluíram socos, chutes e cotoveladas. Além disso, Igor afirma ter sido exposto ao uso de spray de pimenta enquanto se encontrava imobilizado.
O episódio teria ocorrido ainda na noite do dia 1º de agosto, data de sua entrada oficial na unidade prisional. Após o suposto espancamento, ele foi encaminhado para a delegacia para registrar a ocorrência.
A denúncia levanta questionamentos sobre os procedimentos adotados em unidades de detenção, especialmente em casos de presos com grande repercussão midiática. As autoridades ainda não comentaram oficialmente sobre a acusação feita por Igor.
Pedido de cela especial e repercussão do caso
O pedido de cela isolada partiu do próprio ex-jogador, que alegou temer por sua integridade física devido à notoriedade do crime cometido. O vídeo das agressões circulou amplamente nas redes sociais e veículos de imprensa, o que intensificou a tensão em torno do caso.
A solicitação visava garantir segurança dentro do sistema penitenciário, algo previsto por lei para casos específicos. Ainda assim, a denúncia de maus-tratos aponta para possíveis falhas ou abusos no cumprimento desse direito.
A repercussão do caso, somada à violência registrada em vídeo, gerou uma comoção social imediata, com pedidos de punição severa. A imagem pública de Igor ficou marcada, e isso pode ter influenciado sua recepção no ambiente prisional.
Agora, a Justiça deve apurar não apenas a violência cometida por Igor contra a ex-companheira, mas também as possíveis irregularidades ocorridas após sua prisão. O caso segue em investigação pelas autoridades do Rio Grande do Norte.
