Preta Gil É Enterrad4 E Padre Causa Revolta Ao Debochar De 0rixás Em Missa “Cadê Os Sacrif… Ver Mais
No último dia 20 de julho, o Brasil se despediu de Preta Gil, artista de 50 anos que lutava contra um câncer colorretal desde 2023.
A notícia de sua morte gerou uma comoção nacional e mobilizou fãs, artistas e autoridades em homenagens à cantora.
Porém, em meio às despedidas e homenagens, uma polêmica ganhou repercussão nas redes sociais: um padre mencionou a fé da família Gil de forma considerada ofensiva. As declarações geraram revolta e acusações de intolerância religiosa.
A fala, feita durante uma missa e divulgada em vídeo, foi vista como um ataque direto às religiões de matriz africana. A reação do público foi imediata, com críticas severas e exigência de retratação por parte da instituição religiosa.
Fala de padre causa indignação nacional
Durante a homilia, o padre Danilo César questionou a fé da família Gil e citou diretamente os orixás, mencionados por Gilberto Gil em orações pela filha.
Em tom provocativo, o religioso perguntou: “Cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil?”. A declaração foi acompanhada de outras falas polêmicas, nas quais o padre afirma que seguidores de religiões afro seriam
levados pelo diabo e despertariam no inferno. A postura gerou ampla indignação entre internautas e líderes religiosos.
O vídeo, inicialmente publicado no canal oficial da igreja no YouTube, foi apagado após a repercussão negativa. Mesmo assim, as imagens continuaram sendo compartilhadas em outras plataformas.
A Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria de Souza emitiu nota de repúdio, lamentando o teor discriminatório da fala e reforçando a importância do respeito entre diferentes crenças religiosas.
Intolerância religiosa em debate
A situação reacendeu o debate sobre intolerância religiosa no Brasil, especialmente contra práticas de matriz africana. Especialistas apontam que falas como essa perpetuam o preconceito e violam direitos fundamentais garantidos pela Constituição.
O episódio envolvendo Preta Gil ocorre justamente em um momento de maior visibilidade para religiões afro, frequentemente marginalizadas. A postura do padre foi considerada um retrocesso nos esforços por igualdade e respeito.
Entidades civis e representantes religiosos pedem que o caso não seja ignorado, e que haja responsabilização adequada. A liberdade de crença é um dos pilares da democracia e deve ser resguardada, inclusive dentro das igrejas.
A discussão pública gerada pelo caso destaca a importância da convivência pacífica entre diferentes manifestações de fé. O respeito deve prevalecer, principalmente em momentos de luto e fragilidade emocional.