Caso Professora Soraya: Filh0 Mat0u a Mãe Porque Queria Jogar e… Ver mais
A morte da professora Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, causou comoção em Belo Horizonte e em todo o país. Conhecida como “Tia Tati” por seus alunos, ela era uma educadora querida e respeitada no Colégio Santa Marcelina.
O corpo da professora foi encontrado no sábado, 20 de julho, sob um viaduto em Vespasiano, na Grande BH. O principal suspeito — e autor confesso — do crime foi o próprio filho, Matteos França Campos, de 32 anos.
A motivação teria sido uma discussão provocada por dívidas relacionadas a jogos de azar. O caso gerou indignação e levantou debates sobre saúde mental, violência doméstica e vícios.
Crime foi premeditado e tentativa de despiste chocou a polícia
De acordo com a Polícia Civil, Matteos enforcou a mãe dentro do apartamento onde ambos moravam, no bairro Santa Amélia. Em seguida, colocou o corpo no porta-malas do carro da vítima e o abandonou sob um viaduto.
Câmeras de segurança flagraram o veículo trafegando pela rodovia MG-10 no mesmo dia. Após ocultar o corpo, Matteos seguiu viagem para a Serra do Cipó com amigos, como se nada tivesse ocorrido.
O corpo foi encontrado coberto por um lençol, seminu, com marcas nas pernas e sinais de sangramento. A perícia, no entanto, descartou violência sexual, levantando a suspeita de que os sinais foram forjados para confundir a investigação.
Matteos foi preso temporariamente no dia 25 e teve a prisão convertida em preventiva dois dias depois. O caso passou a tramitar sob segredo de Justiça.
Professora era respeitada e comunidade reagiu com homenagens
Soraya lecionava História para turmas do 7º e 8º ano e era descrita como uma profissional calma, gentil e dedicada. A notícia de sua morte abalou a comunidade escolar do Colégio Santa Marcelina.
Alunos, colegas e pais organizaram homenagens nas grades da instituição, com flores, velas e cartazes. O gesto coletivo expressou não só o carinho por Soraya, mas também o choque pela forma brutal com que foi assassinada.
Nas redes sociais, ex-alunos e amigos publicaram mensagens destacando sua paixão pelo ensino e seu compromisso com os estudantes. Muitos se referiram a ela como uma figura materna dentro da escola.
A comoção extrapolou os muros da escola e virou pauta em todo o estado, evidenciando o impacto social de uma tragédia familiar de grandes proporções.
Tragédia familiar reacendeu debate sobre saúde mental
O assassinato da professora também trouxe à tona discussões sobre dependência em jogos de azar e saúde mental. Matteos, que ocupava um cargo comissionado na Sedese, foi exonerado após a confissão do crime.
Segundo a investigação, ele acumulava dívidas significativas por apostas e apresentava sinais de instabilidade emocional. Ainda não há confirmação se o ato foi premeditado ou consequência de um surto.
Especialistas apontaram que casos como esse evidenciam a necessidade de apoio psicológico preventivo, especialmente em ambientes familiares com histórico de tensão ou dependência.
A morte de Soraya se tornou um alerta nacional sobre os perigos silenciosos que podem crescer dentro de casa — e a importância de enxergar os sinais antes que seja tarde.