O sexo anal, quando praticado sem preservativo e sem os cuidados de higiene adequados, pode representar riscos invisíveis à saúde da mulher. Entre eles está a exposição a protozoários, micro-organismos que podem causar infecções no trato intestinal e digestivo.
Apesar de muitas vezes esquecidos nas conversas sobre doenças sexualmente transmissíveis, os protozoários podem ser transmitidos por contato com fezes contaminadas. Durante o sexo anal, a ausência de preservativo facilita essa exposição, especialmente em relações com múltiplas práticas sem higienização entre elas.
Essas infecções podem afetar diretamente o intestino, causar desconfortos no estômago e desencadear sintomas gastrointestinais intensos. O uso de proteção e a adoção de cuidados básicos são fundamentais para reduzir os riscos.
Protozoários comuns e as doenças que eles causam
Um dos protozoários mais conhecidos nesse contexto é o Giardia lamblia, que pode causar a giardíase. A infecção afeta o intestino delgado, provocando diarreia, dor abdominal, náuseas e perda de peso. A transmissão ocorre pelo contato fecal-oral, comum em sexo anal sem proteção.
Outro protozoário relevante é o Entamoeba histolytica, causador da amebíase. A doença pode gerar sintomas como cólicas, fezes com muco ou sangue, e, em casos mais graves, perfuração intestinal. A contaminação acontece por ingestão acidental de cistos do parasita presentes nas fezes.
A Trichomonas vaginalis, apesar de mais conhecida por afetar a vagina, também pode ser transmitida por via anal. Ela provoca uma infecção chamada tricomoníase, que pode gerar corrimento, irritação e dor, além de facilitar a entrada de outros agentes infecciosos.
Esses protozoários podem sobreviver em ambientes úmidos e com pouca oxigenação, como o reto. Por isso, o sexo anal desprotegido oferece as condições ideais para sua transmissão entre parceiros.
Prevenção é essencial para evitar infecções por protozoários
A principal forma de prevenir a infecção por protozoários durante o sexo anal é o uso de preservativo. Ele impede o contato direto com fezes e secreções que podem carregar os micro-organismos causadores das doenças.
Além disso, é fundamental evitar a troca entre penetração anal e vaginal sem higienização ou troca de preservativo. Esse comportamento facilita a transferência dos parasitas para outras regiões mais sensíveis do corpo da mulher.
A higienização adequada antes e após a relação também é uma aliada importante. Isso inclui tanto a limpeza íntima quanto a escolha de lubrificantes à base de água, que evitam fissuras e reduzem a chance de infecção.
Mulheres que apresentarem sintomas como dor abdominal, diarreia persistente ou secreções incomuns após relações devem procurar avaliação médica. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado evitam complicações e ajudam a preservar a saúde intestinal e íntima.
