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Nesse Domingo! Após Sofrer AVC Dentro de Cela, Flordelis Acaba M0…Ver mais

O nome da ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza voltou a dominar os noticiários e redes sociais nesta semana. Condenada a 50 anos de prisão por ser considerada a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, ela cumpre pena no Instituto Penal Talavera Bruce, no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro. Agora, porém, o centro das atenções não está no caso judicial, mas sim em sua saúde.

Segundo informações de sua defesa, Flordelis estaria enfrentando um quadro de saúde grave, com sintomas que levantaram suspeita de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A advogada Janira Rocha afirma que a ex-parlamentar se encontra debilitada e precisa urgentemente de transferência para uma unidade hospitalar fora do sistema prisional, onde poderia receber acompanhamento adequado.

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O episódio que agravou as preocupações teria ocorrido em 18 de setembro, durante uma visita do noivo, Allan Soares. Na ocasião, Flordelis desmaiou repentinamente e foi encaminhada para a UPA do complexo, onde recebeu atendimento inicial, mas retornou para a cela sem maiores cuidados. A defesa denuncia descaso e alerta para o risco de complicações.

Pedido de transferência gera impasse

Após o desmaio e os sintomas relatados, a defesa de Flordelis informou que ela apresentou dores intensas, vômitos, fala enrolada e convulsões. Para os advogados, não é aceitável que uma paciente com esse quadro tenha recebido alta médica sem exames mais completos. A declaração de Janira Rocha foi clara: “Como é que dão alta para uma mulher nesse estado?”.

A equipe jurídica planeja protocolar na Vara de Execuções Penais um pedido de transferência imediata para um hospital particular. No entanto, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (SEAP) nega o diagnóstico de AVC e afirma que a internação ocorreu por lombalgia, uma dor na região lombar. Segundo a secretaria, a ex-deputada está sendo tratada no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, ainda dentro do complexo prisional.

Outro ponto levantado é que o plano de saúde da ex-parlamentar foi cancelado por familiares meses atrás, por falta de recursos financeiros. Esse detalhe, segundo a defesa, torna ainda mais difícil qualquer transferência para uma unidade hospitalar privada, prolongando o impasse sobre sua real condição.

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Saúde frágil reacende debate sobre sistema prisional

Com 65 anos, Flordelis já havia exposto em uma carta divulgada no início do ano que sofria com desmaios e dores frequentes. Sua rotina inclui o uso de medicamentos como Alprazolam, Quetiapina, Bupropiona e Carbamazepina, receitados para tratar ansiedade, depressão, oscilações de humor e crises convulsivas. A defesa reforça que a soma dos problemas de saúde aumenta a necessidade de atendimento externo imediato.

O caso reacende uma discussão delicada: a garantia de atendimento médico adequado para presos com histórico clínico grave. A advogada Janira Rocha destacou que não se trata apenas de Flordelis, mas de todos os internos que sofrem com as limitações do sistema penitenciário, muitas vezes sem estrutura para lidar com emergências.

Enquanto o pedido de transferência ainda aguarda decisão judicial, cresce a pressão pública por esclarecimentos e providências. O episódio vai além da trajetória da ex-parlamentar e coloca em pauta os limites da atuação do Estado diante de situações emergenciais. O desfecho deve trazer novos capítulos para um debate que mistura direito, saúde e sistema prisional no Brasil.

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