O trágico afogamento do ator Domingos Montagner em 2016 continua sendo uma lembrança dolorosa para o público e para a região de Canindé de São Francisco, em Sergipe. O artista perdeu a vida após mergulhar no Rio São Francisco durante uma pausa nas gravações da novela Velho Chico.
Na época, a ausência de sinalização e estrutura adequada na orla foram apontadas como fatores que dificultaram o socorro imediato. Desde então, autoridades locais passaram a repensar a segurança da área.
Hoje, quase uma década depois, o local foi transformado. Com reforço na vigilância, estrutura revitalizada e presença de salva-vidas, a região tenta oferecer mais tranquilidade para os banhistas e turistas que visitam o rio.
Área passou por mudanças estruturais
A Prainha de Canindé, onde ocorreu o afogamento, agora conta com guarda-vidas atuando durante cinco dias da semana. As obras de revitalização da orla foram concluídas, e toda a área foi devidamente sinalizada para alertar sobre os perigos do rio.
Segundo a secretária de Turismo, Patrícia Vitor Santos Silva, o novo projeto urbanístico da orla proporciona mais segurança e conforto aos visitantes. A cidade agora busca mostrar que aprendeu com a tragédia.
Especialistas alertam que o ponto exato onde Montagner morreu apresenta riscos naturais. Oceanógrafos destacam a presença de redemoinhos e correntes fortes na região próxima à Usina de Xingó, entre os estados de Sergipe e Alagoas.
Na ocasião, o ator estava com a colega Camila Pitanga, que testemunhou o desaparecimento e acionou imediatamente as equipes de busca.
Trajetória marcante na TV e no teatro
Domingos Montagner teve uma carreira sólida, construída entre o teatro, o circo e, por fim, a televisão. Começou a atuar tardiamente na TV, aos 40 anos, mas rapidamente conquistou espaço e o carinho do público.
Na Globo, foi destaque em novelas como Cordel Encantado, Salve Jorge e Sete Vidas. Também protagonizou a série O Brado Retumbante, onde interpretou o presidente Paulo Ventura.
Antes do sucesso televisivo, fundou o Grupo La Mínima e o Circo Zanni, projetos que uniam arte circense e teatro. Em 2008, venceu o Prêmio Shell de Melhor Ator por A Noite dos Palhaços Mudos.
Montagner deixou um legado artístico reconhecido pela crítica e pelo público. Sua morte, ocorrida no auge da carreira, permanece viva na memória nacional.
