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Só Veja Se Tiver Coragem! Fotos dos M0rtos na Operação do Rio, muito sangu…Ver mais

O Rio de Janeiro viveu um dos dias mais tensos de 2025. A megaoperação policial realizada nas comunidades da Penha e do Alemão, na zona norte, deixou mais de 60 mortos e paralisou parte da cidade. Helicópteros sobrevoavam as favelas enquanto agentes das forças de segurança tentavam conter grupos criminosos fortemente armados. O clima de guerra assustou os moradores e afetou o transporte público em toda a capital.

Durante toda a manhã, o som dos disparos ecoava pelas ruas, forçando o fechamento de comércios, escolas e repartições públicas. A ação, considerada uma das maiores do ano, provocou reações em cadeia, bloqueando vias importantes e alterando completamente a rotina dos cariocas. O Centro de Operações da Prefeitura informou que o horário de pico foi antecipado em quase quatro horas por causa do caos no trânsito.

A população enfrentou grandes dificuldades para se deslocar. Com a Linha Amarela, a Linha Vermelha e a Avenida Brasil bloqueadas, muitos precisaram abandonar os ônibus e seguir o trajeto a pé. Terminais como Central do Brasil e Praça XV ficaram lotados, e as barcas e trens registraram superlotação. Apesar da tensão, o funcionamento do metrô foi mantido.

Ruas tomadas por congestionamentos e gestos de solidariedade inesperada

Por volta do fim da tarde, as imagens da zona oeste e de bairros próximos à Barra Olímpica mostravam famílias inteiras caminhando sob o sol forte, tentando chegar em casa. Idosos e trabalhadores relataram ter andado por mais de cinco quilômetros até encontrar transporte. As cenas, marcadas pelo cansaço e pela exaustão, mostraram o impacto humano da operação nas áreas urbanas.

Mesmo em meio à violência, gestos de solidariedade chamaram atenção. Moradores ofereceram água e abrigo a desconhecidos, e motoristas deram carona a pessoas presas nos bloqueios. A rede de ajuda espontânea entre vizinhos e estranhos foi um dos poucos sinais de esperança em um dia dominado pelo medo e pela incerteza.

O BRT, principal corredor de ônibus da cidade, operava com intervalos irregulares, enquanto vias como Engenheiro Souza Filho e Estrada do Gabinal ficaram totalmente congestionadas. A cena de caos foi agravada por barricadas erguidas por criminosos em represália à presença das forças policiais. Em vários pontos, ônibus foram usados para interromper o tráfego.

O retrato de uma cidade refém da violência e da desigualdade

A megaoperação foi classificada pelas autoridades como uma ofensiva contra o crime organizado, mas especialistas alertam que ações desse tipo exibem o retrato de uma cidade refém da violência e da desigualdade. Para analistas de segurança pública, a falta de políticas integradas faz com que o Rio viva um ciclo de enfrentamentos sem fim, onde comunidades inteiras ficam expostas aos riscos dos confrontos armados.

Moradores relataram momentos de pavor, com tiroteios intensos e drones sendo usados por criminosos para monitorar o avanço das tropas. Em resposta, escolas e universidades da região suspenderam atividades, e trabalhadores foram liberados mais cedo. O medo de novos ataques fez a cidade encerrar o dia em alerta máximo.

Enquanto as investigações seguem, a operação reacende um debate urgente sobre a segurança pública no Rio. O episódio, que começou como uma ação contra o tráfico, acabou se transformando em símbolo de uma crise que mistura violência, abandono e resistência. Entre as sirenes e as barricadas, permanece a pergunta que ecoa nas ruas: até quando o Rio viverá sob a sombra do medo?

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