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Alexandre De Moraes Cumpre Promessa Na Vida De Bolsonaro E Ele Acaba Indo Pr… Ver Mais

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta segunda-feira (21) as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no âmbito da Petição 14129.

A decisão foi tomada por maioria, com votos favoráveis dos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Apenas Luiz Fux votou contra.

As medidas determinam que Bolsonaro cumpra recolhimento domiciliar noturno, utilize tornozeleira eletrônica e fique proibido de manter contato com autoridades estrangeiras ou de se aproximar de embaixadas.

A decisão atende a pedido da Polícia Federal, que investiga o ex-presidente por suposta tentativa de golpe de Estado.

Segundo Moraes, relator do caso, há indícios de que Bolsonaro e seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), têm buscado apoio internacional para deslegitimar as instituições brasileiras e influenciar investigações em curso.

Alexandre de Moraes cita risco à democracia

Em seu voto, Moraes afirmou que as ações do ex-presidente podem configurar tentativa de obstrução da Justiça e até de abolição do Estado Democrático de Direito.

O ministro mencionou ainda contatos recentes com autoridades dos Estados Unidos para pressionar o governo brasileiro.

A Procuradoria-Geral da República já havia apontado o risco de Bolsonaro interferir nas investigações. Para o relator, a adoção das medidas é essencial para garantir a integridade do processo e a ordem institucional.

O caso tem como base a Ação Penal 2668, na qual Bolsonaro é réu por tentativa de golpe após os atos de 8 de janeiro de 2023. Ele é acusado de articular movimentos para desestabilizar os Poderes e manter-se no cargo.

Fux vota contra e vê exagero nas restrições

O único voto contrário veio do ministro Luiz Fux. Para ele, as medidas impostas violam direitos fundamentais, como a liberdade de expressão e de locomoção.

Fux argumentou que não ficou demonstrada, de forma concreta, a necessidade das cautelares no momento atual.

O ministro defendeu que restrições tão severas devem ser aplicadas apenas em casos com risco real e imediato à aplicação da lei penal. Segundo ele, não se observam esses elementos de forma clara no caso.

Ainda assim, a maioria da Primeira Turma acompanhou o relator e manteve as restrições já em vigor contra Bolsonaro.

Medidas seguem válidas durante andamento do processo

Com o referendo do STF, Bolsonaro continua obrigado a seguir as determinações judiciais. As medidas cautelares permanecerão em vigor enquanto durar o processo, salvo nova decisão judicial.

A defesa do ex-presidente já informou que pretende recorrer e classifica as ações como abusivas. O caso continua em tramitação na Corte.

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