Nos últimos seis meses, Lula perdeu cerca de 1 milhão de seguidores no Instagram e Facebook — um baque que sinaliza uma crise digital verdadeira.
Tudo começou com as denúncias de fraudes no INSS, que resultaram em uma queda de 240 mil seguidores só em abril, acompanhada de um volume estrondoso de críticas online.
Em apenas 24 horas, houve 2,88 milhões de menções, sendo 79 % negativas, com termos como “roubo”, “omissão” e “despreparo” dominando o debate.

IOF, Comunicação Fraca e o Estopim da Rejeição
Logo em seguida, o aumento do IOF virou novo fator detonador, com 89 % das menções negativas, apesar da tentativa de recuo do governo no mesmo dia do anúncio.
Essa sequência de crises evidenciou a falta de preparação da comunicação governamental, sem escuta ativa ou resposta ágil, o que possibilitou a propagação de desinformação, memes e forte indignação popular.
Além disso, a perda de seguidores seguiu em maio, com cerca de 190 mil a menos, consolidando um desgaste contínuo e profundo.

Janja no Centro da Rejeição
Mas não foi só o governo: declarações da primeira-dama Janja também inflamaram a crise. Ao criticar o TikTok durante jantar com Xi Jinping, ela gerou 73 % de rejeição nas publicações monitoradas.
Sua defesa de uma regulação das redes sociais inspirada na China também gerou controvérsia: foram 154 menções por 100 mil mensagens no WhatsApp, com 35 % negativas e apenas 13,6 % positivas, mesmo após campanha de apoio do PT.
Cada fala da primeira-dama foi amplificada, reforçando narrativas de regime autoritário e desgaste político — impactos que ressoam especialmente forte nas redes.