Chegam ao fim as buscas pelo gar0tinho Tallyson; foi enc0ntrado sem a c… Ver mais
A manhã de terça-feira (7) amanheceu mais silenciosa e pesada no litoral sul de Alagoas. Em um cenário paradisíaco, o corpo do pequeno Talisson Ryan da Silva Pereira, de apenas 6 anos, foi encontrado sem vida, jogado pela maré na faixa de areia da praia do Pontal do Peba, em Piaçabuçu. A confirmação da identidade veio no dia seguinte, feita pelo Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca.
A dor da família, que veio de Garanhuns, em Pernambuco, para um fim de semana de lazer, virou manchete nacional. O que ninguém esperava era que a despedida de Talisson seria tão precoce e trágica.

Irmãos no mar: o banho que terminou em afogamento
Tudo aconteceu no sábado (4), quando Talisson entrou no mar junto com seu irmão na região conhecida como Barrinha, local já temido por moradores por causa das fortes correntezas e corais escondidos.
Os dois meninos se afogaram quase ao mesmo tempo. Populares que estavam na praia conseguiram puxar o irmão de volta à areia, mas Talisson foi arrastado pela força da água e sumiu em segundos, sem dar tempo para mais nada.
Buscas incansáveis: o drama que durou dias
Logo após o desaparecimento, equipes do Corpo de Bombeiros iniciaram uma força-tarefa de buscas por terra, ar e mar. Por quatro dias, a esperança de encontrar o menino vivo manteve os familiares de pé.
A área coberta pelas buscas foi extensa: 10 quilômetros de faixa litorânea foram vasculhados. Mas foi só na terça, quando uma mulher caminhava pela praia, que a triste confirmação chegou: o corpo de Talisson estava ali, sem vida, próximo à foz do Rio São Francisco.
Estado de alerta: Alagoas já registra 71 mortes por afogamento só em 2025
A tragédia de Talisson não é um caso isolado. Em 2025, Alagoas já contabiliza 71 mortes por afogamento, número assustador que acende um alerta sobre a falta de segurança em pontos turísticos e de lazer natural.
Especialistas alertam que locais como a Barrinha, onde aconteceu o afogamento, deveriam ter sinalizações visíveis e salva-vidas atuando com mais rigor. A mistura de mar e rio, somada aos corais escondidos, cria um ambiente traiçoeiro até para adultos experientes.
Despedida comovente: cidade se une em homenagem ao menino
A notícia da morte de Talisson comoveu tanto os moradores de Piaçabuçu quanto os de Garanhuns, sua terra natal. Nas redes sociais, amigos da família, vizinhos e até desconhecidos deixaram mensagens de luto e apoio.
O corpo foi liberado ainda na noite de quarta-feira (8) e o sepultamento foi marcado por forte emoção. Muitos levaram flores, bichinhos de pelúcia e balões brancos, num gesto simbólico de adeus à pureza e à vida interrompida de um menino que só queria brincar na água.
O que fica depois da tragédia: um alerta urgente para pais e autoridades
A dor da família de Talisson jamais será esquecida, mas a história dele precisa servir de alerta para evitar novas perdas. Campanhas de conscientização, investimento em salva-vidas, placas de advertência e vigilância são medidas básicas que podem salvar vidas.
Enquanto isso, o luto continua. E a pergunta que ecoa no coração de todos é: quantas tragédias ainda precisarão acontecer para que algo mude?







